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Setor de alimentação fora do lar deve repassar alta
Reportagem

Setor de alimentação fora do lar deve repassar alta

Gás de cozinha
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Repasse da alta deve ser feita por restaurantes, bares e barracas de praia (Foto: Barbara Moira)
Foto: Barbara Moira Repasse da alta deve ser feita por restaurantes, bares e barracas de praia

Além dos combustíveis automotivos, a Petrobrás anunciou o ajuste do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), o gás de cozinha, saindo de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilograma vendido às distribuidoras, um aumento de cerca de 16%. A previsão é de que o botijão de 13kg, que estava custando cerca de R$ 114 há mais de um mês, chegue a R$ 150 no Ceará em até duas semanas. Com isso, os impactos em estabelecimentos como bares, restaurantes e similares, como as barracas de praia, serão sentidos por consumidores e proprietários.

Em entrevista ao O POVO, o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Taiene Righetto, avalia as consequências do aumento do gás nos estabelecimentos.

"Já viemos sofrendo com vários reajustes e esse é mais um deles. Eu acredito que muitos estabelecimentos que seguraram os preços, por mais que os insumos estivessem aumentados, serão agora obrigados a repassar, acho que não vai dar para segurar mais. É um impacto que causará aumento de preços em todos os estabelecimentos comerciais e, especialmente, em bares e restaurantes", destacou.

Segundo Righetto, nos setores comerciais, o aumento do preço dos combustíveis surtirá efeito não somente nos serviços de entrega ao cliente (por delivery), como nos serviços das próprias distribuidoras aos estabelecimentos.

"O impacto não será só no delivery, mas acho que o aumento do diesel, por exemplo, irá encarecer tudo, porque tudo depende do transporte. Então, eu acredito que os insumos que já estavam caros vão aumentar mais ainda. Isso reflete na inflação que já está alta como um todo. Não vai aumentar simplesmente só o gás que usamos para cozinhar, mas - provavelmente - também todos os insumos que dependem do transporte", concluiu.

Já os usuários de gás natural devem ter um fôlego maior, de acordo com Hugo Figueirêdo, presidente da Companhia Cearense de Gás (Cegás). "Os contratos de gás natural são indexados ao brent, com desfasagem de até três meses. Então, até maio, os impactos da guerra na Ucrânia no preço internacional do petróleo chegarão ao gás canalizado no Brasil", explicou a pedido do O POVO. (Bruna Lira, especial para O POVO/Colaborou Samuel Pimentel)

 

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