Setor que mais se automatizou em 2021, o agronegócio brasileiro já vinha em uma crescente em termos de investimento em tecnologia mesmo antes da pandemia, ganhando em produtividade e competitividade, inclusive no mercado internacional.
Segundo o diretor institucional da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz Roberto Barcelos, "esses avanços tecnológicos nas nossas cadeias produtivas são de fundamental importância porque eles têm nos permitido cada vez mais produzir em menos espaço, com menos utilização de insumos, com menos degradação do meio ambiente, ou seja, a gente tem aumentado a produtividade de uma forma acelerada, aumentando-a em 50% ou, muitas vezes, dobrando-a".
Ele cita exemplos de processos automatizados na fruticultura. "A gente tem, hoje, máquinas que ajudam a recolher os melões das fazendas, o que era feito manualmente. Você tem também máquinas que ajudam a plantar as mudas de forma semiautomática. No preparo do solo há máquinas com sistema de GPS, que dão uma precisão quanto a onde você está jogando um fertilizante ou um calcário. Há máquinas de selecionar e embalar frutas também cada vez mais automatizadas", exalta.
Além dos benefícios para o produtor e para quem importa, a expansão da tecnologia também tem contemplado o consumidor aqui no Brasil. A gerente de novos negócios da Korde, Cláudia Carvalho, empresa que presta serviços de consultoria em automação, cita um projeto que desenvolveu com uma empresa produtora de cebolas, a Fugita.
"Quando a gente fala em automação na cadeia do agro, ela permite que no produto final, ao pegar uma embalagem de cebola eu saiba o lote, a validade, a data de produção, entre outras informações. Ou seja, eu levo esses dados para ponta do varejo", diz Cláudia.