Prestes a se despedir do Governo do Estado, Camilo Santana (PT) aponta o diálogo, a redução das desigualdades, a educação e as políticas para a infância como as marcas pelas quais ele espera ser lembrado.
Para quem acha que a definição da candidatura aliada à sucessão será tomada pelos irmãos Ferreira Gomes, o governador deixa claro que quer participar da escolha do PDT. Porém, evita demonstrar predileção pela próxima governadora, Izolda Cela (PDT).
O POVO - Ao sair do governo, como o senhor espera ser lembrado?
Camilo Santana - Quero ser lembrado como um homem que construiu diálogo, consensos, ajudou a avançar na educação, a reduzir a desigualdade, que ajudou a construir talvez um dos maiores programas para infância, mais consolidado neste país, que é o programa Mais Infância. Todos os especialistas dizem que, se o Estado investe na infância, está investindo no futuro. O maior investimento que um país pode fazer é nas nossas crianças. Eu acho que o Ceará hoje tem o maior programa, o mais consolidado, que virou política de Estado. Enfim, quero ser lembrado como uma pessoa que ajudou, fez uma passagem e ajudou a construir um Ceará melhor. Mesmo com tantos desafios e tantos problemas que ainda nós temos.
OP - Na escolha da candidatura à sucessão, o acordo é que o PDT indique. O senhor vai deixar o PDT decidir o nome ou o senhor quer opinar? E em que dimensão?
Camilo - A forma que a gente sempre fez esse diálogo foi de uma forma transparente, ouvindo os aliados. Claro que cada partido tem suas formas de decisões, mas será o momento que a gente vai se reunir para definir qual será o melhor que vai representar. O melhor ou a melhor que vai representar esse projeto para o Ceará.
OP - Izolda no governo larga na frente?
Camilo - A Izolda virará governadora. No caso de ser governadora, poderá ir para uma reeleição. Mas, repito, vai depender muito desse diálogo, da construção que nós vamos fazer ao longo desses próximos meses.