Cientista político da Universidade Federal do Ceará (UFC), Cleyton Monte acredita que, no primeiro mês de gestão, a governadora Izolda Cela (PDT) ainda "está tateando o terreno".
"É difícil até falar de continuidade, porque ela está buscando seu próprio estilo e marca, não vejo algo que a gente possa definir", argumenta.
De acordo com Monte, no entanto, a pedetista está interessada, sim, na articulação política com vistas ao processo eleitoral. Prova disso seria a rodada de encontros com deputados em 25 de abril.
"Penso que o início político de fato do governo Izolda foi aquela reunião com a base da Assembleia, a base aliada. Ali aconteceu essa articulação, acredito que até como resposta à movimentação do Roberto Cláudio", analisa.
"Nessa agenda", continua Monte, "a gente começa a perceber que há uma figura interessada no jogo político cearense, antes disso é difícil porque grande parte das atividades foi a portas fechadas, uma ou outra inauguração".
Também professora e pesquisadora, a doutora em Ciência Política Paula Vieira (UFC) avalia que "a marca da Izolda está sendo construída" e que "não há ainda um destaque em termos de novas políticas implementadas", mas que o fato de "ser a primeira mulher governadora, que consegue construir diálogos, tende a impulsionar essa marca".