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Agora é a vez da renda fixa
Reportagem

Agora é a vez da renda fixa

Rendimento. Apostas
Edição Impressa
Tipo Notícia

No início de maio, a terceira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2022 confirmou a elevação de um ponto percentual na taxa básica de juros do Brasil e definiu o reajuste da Selic de 11,75% para 12,75% ao ano – o maior patamar desde janeiro de 2017 e a décima alta seguida da taxa. A previsão mais recente do boletim Focus é de que a taxa Selic encerre 2022 em 13,25% ao ano.

> A Selic é a taxa básica de juros da economia, a partir da qual se definem os juros de diversas operações como empréstimos, financiamentos, juros de cartão de crédito e investimentos.

Esse aumento é bem recebido por quem aplica em renda fixa, já que investimentos como CDBs (Certificado de Depósito Bancário) e Tesouro Direto podem entregar mais rentabilidade.

O mais recente relatório semanal da Anbima mostra que os fundos de renda fixa apresentaram captação líquida positiva de R$ 48,4 bilhões e puxaram o desempenho positivo da indústria. O resultado foi influenciado por dois aportes que somaram R$ 18,8 bilhões, e o restante foram aplicações pulverizadas entre os investidores.

Na visão de Ricardo Coimbra, “à medida em que se tem um desarranjo produtivo, uma dificuldade de mensuração da lucratividade das empresas, se tem o mercado de renda fixa ficando mais interessante, de certa forma para proteger aqueles recursos. Há uma migração da renda variável para a renda fixa”.

Alisson Oliveira, de 25 anos, é um exemplo disso. O estudante de mestrado em Economia da UFC começou a investir em 2018, na caderneta de poupança, mas por conta da atual conjuntura econômica resolveu migrar para a renda fixa.

“Minha estratégia durante a pandemia foi apostar mais em renda variável, e agora fui realocando meus investimentos. A partir do ambiente econômico é que eu tomo as decisões, e o momento para entrar na renda fixa é agora: com uma taxa de juros boa e um bom rendimento”, assegura.

Um levantamento realizado pelo buscador de investimentos Yubb apontou que o rendimento líquido mais atrativo atualmente é a debênture incentivada, que rende 14,42%. Logo depois vem LCI, com retorno de 12,78%, e LCA, com 12,40%.

> A debênture incentivada é um título de renda fixa emitido por empresas de capital privado para captar recursos. O montante levantado é destinado obrigatoriamente às obras de infraestrutura.

> LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é um título de renda fixa emitido por instituições financeiras públicas ou privadas, em que o montante captado é destinado principalmente para produtores rurais. Já LCI (Letra de Crédito Imobiliário) serve para financiar o segmento e é emitida por instituições que possuem carteiras de crédito imobiliário.

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