O Consórcio Santa Quitéria, formado pela Indústrias Nucleares do Brasil - INB e Galvani, defende que o projeto trará diversos benefícios socioeconômicos para a região. Segundo a empresa, a partir do investimento, estimado em R$ 2,3 bilhões, o PIB de Santa Quitéria será multiplicado por 9,8, enquanto o PIB da região por 3,6.
Também possibilitará a criação de postos de trabalho, aumento da massa salarial, contratação de mão de obra local e crescimento da arrecadação de impostos - gerando receitas para os municípios. "O projeto também pode atrair novas empresas para as cidades, assim como aumentar a procura por serviços como restaurantes, hotéis, borracharias e mercados, impulsionando a circulação de renda na região e melhorias de infraestrutura e serviços públicos", informou a empresa em nota.
O consórcio também ressalta que firmou uma parceria com o Observatório da Indústria, da Fiec, para realizar um diagnóstico e propor uma rota de desenvolvimento sustentável.
E assinou um memorando de entendimentos com governo estadual para qualificação da mão de obra local, melhoria dos acessos rodoviários para a jazida de Itataia e infraestrutura para fornecimento de energia e de água.
No documento, o Governo teria se comprometido a viabilizar melhorias, como a construção de uma adutora de, aproximadamente, 60 quilômetros, entre o açude Edson Queiroz e o reservatório do projeto, que também abastecerá o distrito de Riacho das Pedras e os assentamentos de Morrinhos e Queimadas, o que irá beneficiar famílias que hoje sofrem com escassez de água.
"O Consórcio Santa Quitéria também reforça que a saúde dos nossos colaboradores, pessoas das regiões e o meio ambiente não serão afetados pela operação do Projeto Santa Quitéria, pois o empreendimento contará com equipamentos modernos de controle ambiental e de proteção ao trabalhador, que irão assegurar que os níveis de radiação recebidos por qualquer pessoa, seja trabalhador ou população, fiquem abaixo dos limites legais e, portanto, seguros."
Segundo a empresa, esses limites estão definidos pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e seguem normas estabelecidas internacionalmente. (Armando de Oliveira Lima)