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Policiais também discutirão o bullying
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Policiais também discutirão o bullying

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Policiamento voltado às comunidades foi reforçado no lado de fora da escola (Foto: THAÍS MESQUITA)
Foto: THAÍS MESQUITA Policiamento voltado às comunidades foi reforçado no lado de fora da escola

Um grupo de policiais militares do Comando de Prevenção e Apoio às Comunidades do Ceará (Copac) estava no começo da noite na Escola de Ensino Médio Professora Carmosina Ferreira Gomes. O colégio, de tempo integral da Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), fechou as portas por tempo indeterminado por causa do ataque de um estudante de 15 anos a outros três alunos da mesma idade. Com um revólver, ele disparou e feriu três colegas em Sobral, no Ceará.

De acordo com o major Messias Mendes, comandante do Copac, a presença dos PMs tinha também como objetivo mostrar para a comunidade do entorno da escola que a situação estava sob controle. O fato ocorrido pela manhã não teria relação com disputa entre facções, ocorrência comum registrada no bairro do Sumaré.

O major, que veio de Fortaleza, explicou que Copac é uma nova modalidade de policiamento que atua na “prevenção qualificada” e na aproximação com a comunidade. “De manhã, policiais do Raio agiram rápido para identificar o adolescente suspeito e PMs do Copac acompanharam o impacto da ocorrência na escola e no entorno dela”, explicou.

Uma base da companhia do Copac foi inaugurada nesta semana no bairro Sumaré. “Os policiais do Copac são focados no atendimento continuado, por exemplo, das vítimas, dos familiares dos atingidos, do agressor e dos parentes dele. De amanhã, esse policiamento também acionou a rede de proteção para casos assim”.

De acordo com o major Messias Mendes, para além da ocorrência policial, há de ser investigado socialmente três pontos suscitados por causa do ataque na escola. O primeiro é “Como e por que um aluno tem acesso a uma arma de fogo? Há uma fissura nessa família a se olhar”.

Segundo, continua o oficial da PM, é “como um adolescente é mobilizado por um sentimento de matar?”. E por último, e para ser discutido com a comunidade escolar onde ocorreu os disparos, “como se naturaliza o constrangimento contra o outro sem a percepção que isso causa uma dor? Estamos aqui, também para avançar nessas questões”, afirmou o major Messias Mendes.

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