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Cerbras: liderança feminina no gerenciamento de crises
Reportagem

Cerbras: liderança feminina no gerenciamento de crises

| Ana Lúcia Bastos Mota | A matriarca da família Mota estende o sentimento materno que dedica aos filhos aos colaboradores da Cerbras. Após enfrentar algumas adversidades na vida pessoal e profissional, tem a certeza que fez o melhor para seguir o legado do esposo Tarcísio, fundador da indústria de porcelanato e cerâmica
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FORTALEZA-CE, BRASIL, 02-11-2022: PROJETO LEGADOS. EMPRESA CERBRAS. (FOTO: AURÉLIO ALVES)  (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES FORTALEZA-CE, BRASIL, 02-11-2022: PROJETO LEGADOS. EMPRESA CERBRAS. (FOTO: AURÉLIO ALVES)

 

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A neta de José Bastos, cearense que dá nome a uma das principais avenidas de Fortaleza, Ana Lúcia Bastos Mota, comanda uma das principais indústrias de porcelanato e cerâmica do País. Com resiliência atravessou fases difíceis à frente da Cerbras, incluindo questões financeiras.

Ana Lúcia Bastos Mota comanda a Cerbras(Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES Ana Lúcia Bastos Mota comanda a Cerbras

Apesar de ter consciência que a empresa seguiria muito bem sem sua presença, ainda responde pela Presidência, que considera mais institucional do que executiva.

Além dela, os três filhos, Ticiana, Felipe e Mariana, e a neta Isabel, seguem o sonho e o legado do pai e avó, Tarcísio, que se despediu em vida da esposa, em 1994, quatro anos após criar sua última, e mais importante empresa, a Cerbras.

A família Mota costuma deixar os assuntos profissionais para os momentos em que estão dentro da empresa(Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES A família Mota costuma deixar os assuntos profissionais para os momentos em que estão dentro da empresa

Do marido que já se foi, a empresária credita o tino empreendedor dos filhos. Dela, a ética, que herdou dos pais, e os gastos conscientes repassados pelas origens paternas.

Mas os caminhos nem sempre foram agradáveis. Assumir uma indústria quando não era do ramo. Na verdade, antes de entrar na empresa com o esposo, ela trabalhava na Telecomunicações do Ceará S/A (Teleceará) "Empresa operadora de telefonia do sistema Telebras no Estado, antes do processo de privatização em julho de 1998" . Portanto, não houve facilidade.

Após seis anos sem o esposo, com dívidas e salários dos colaboradores atrasados, Ana Lúcia pensou em tirar a própria vida. Por sorte repensou e, numa viagem profissional à Itália, trouxe na bagagem a esperança de dias melhores que vieram após dois anos de muita luta.

Juntamente aos filhos, que sempre estiveram ao lado da mãe de forma natural no trabalho, começou a exportar em 2004 e viu sua produção quintuplicar desde a fundação, com fabricação de 650.000 m²/mês de cerâmica.

O filho Felipe já trabalhava na empresa quando o pai faleceu, a filha Ticiana entrou a convite da mãe e por último chegou a caçula Mariana (à esquerda) (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES O filho Felipe já trabalhava na empresa quando o pai faleceu, a filha Ticiana entrou a convite da mãe e por último chegou a caçula Mariana (à esquerda)

Daí para frente os bons ventos chegaram e a Cerbras, que desde 1990 passou por seis expansões, aumentou o portfólio dos produtos com modelos de dimensões maiores, melhorou a cada ano na qualidade e adquiriu material tecnológico de ponta em países referência do setor.

Segundo a matriarca, tudo isso é fruto da dedicação e profissionalismo dos filhos que só agregam desde que chegaram.

Atualmente, a empresa produz 3.300.000 m²/mês entre cerâmica e porcelanato, lançou recentemente novos formatos de porcelanato, nos tamanhos 94,5x94x5 cm; 60x120 cm; e 120x120 cm, e remodelou a logomarca para consolidar este momento.

A exportação segue bem, com ênfase para os Estados Unidos e, no mercado interno, as principais praças são Ceará, com mais de 40% do destino local; Rio Grande do Norte; Maranhão e voltou a figurar entre os primeiros lugares do segmento entre os clientes que atende.

Nos planos, consolidar a presença da empresa em todo o Brasil e aumentar as exportações. Confira o bate-papo com a executiva sobre memórias, família, valores, dificuldades, superação e o potencial feminino em administrar.

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Expediente

Direção de Jornalismo: Ana Naddaf e Erick Guimarães

Edição OP+: Beatriz Cavalcante e Regina Ribeiro
Edição de Design e Identidade Visual: Cristiane Frota
Edição e coordenação do Núcleo de Imagem: Chico Marinho
Edição de Fotografia: Júlio Caesar
Texto: Carol Kossling
Recursos Digitais:
Fotografias: Aurelio Alves e Julio Caesar
Produção Geral: Carol Kossling
Recursos audiovisuais: Arthur Gadelha (direção audiovisual e roteiro); Aurélio Alves (direção de Fotografia), Júlio Caesar (direção de fotografia) Luana Sampaio (direção audiovisual), Carol Kossling (produção e reportagem); Samya Nara (produção); Raphael Góes (edição) e Abdiel Anselmo (edição).

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