As iniciativas de Fortaleza na formação para economia digital demonstram estar atingindo mais do que o principal público-alvo, que são os alunos das escolas públicas municipais. Estudantes universitários e até de outros estados estão chegando à capital cearense atraídos por essas oportunidade.
O Juventude Digital (JD) é um dos canais que trouxe pessoal de fora e encaminhou para o mercado de trabalho, como aconteceu com Esdras Soares de Oliveira, 21. De férias na casa da tia na Barra do Ceará, ele participou do Juventude Digital Festival, matriculou-se em um dos treinamentos e arrumou um estágio em Fortaleza. Com isso, resolveu trancar o curso de Geografia que fazia em Floriano, no Piauí.
Mudou-se para a casa da tia, ingressou em um curso universitário em tecnologia de ensino à distância e continua o treinamento no JD. Os planos envolvem mais estudo e a vinda dos pais lavradores para o Ceará. "Lá (no Piauí), a bolsa dava pra passar o mês, pagar a gasolina da moto para se descolar entre casa, universidade e as escolas. Mas, agora, mesmo sendo estágio, eu tenho os mesmos direitos dos empregados", conta sobre o trabalho na Innovare.
A empresa de desenvolvimento de software e consultoria empresarial estava no Festival Juventude Digital e recrutou Esdras e também outros estudantes dos cursos do JD, como Bruno Nóbrega, de 19 anos.
Hoje, no segundo semestre de Sistemas e Mídias Digitais da Universidade Federal do Ceará, ele disse ter enxergado nos cursos do JD uma oportunidade de ter mais treinamentos com flexibilidade de horários, afinal, a maioria é on-line.
Esse caminho é considerado pelo professor doutor Sandro Jucá como o ideal para os interessados em cursos afins à economia digital. Por ser uma área de frequente mudança, estar atualizado é essencial para que o profissional se mantenha competitivo no mercado de trabalho, no Ceará ou em qualquer outro local.