A moda de segunda mão está se tornando um fenômeno global, com expectativa de crescimento de 127% até 2026. Este mercado global crescerá três vezes mais rápido do que de vestuário em geral, apontam dados do Relatório de Revenda de 2022, da GlobalData.
O relatório ainda direciona que 3 a cada 4 consumidores que compraram de segunda mão em 2021 avaliam que economizaram nas compras e que 58% dos deles dizem os ajudou de alguma forma durante um período de inflação.
Nos próximos 10 anos, espera-se que o aluguel de roupas e a fast fashion (moda rápida) permaneçam relativamente estáveis, enquanto espera-se que as lojas de departamento, cadeia de valor e lojas especializadas de preço médio percam a maior parte do mercado.
Luciana Valente, 27, fundadora da Susclo (@susclo_ no Instagram) - brechó online e físico fundado em 2019, que tem como objetivo fomentar a moda consciente com a compra e venda de peças de segunda mão - destaca que a procura por itens de vestuário que tenham essa consciência ambiental só cresce.
Ela conta que o volume de pessoas querendo desapegar de suas roupas e encontrar boas opções por preços acessíveis subiu muito desde a pandemia, mesmo período em que a inflação sobre os itens de vestuário subiu bastante.
Por isso, esse mercado passou a ser alternativa, tanto pelo preço quanto pela maior consciência ambiental, especialmente entre os jovens. "A consciência ambiental e social tornam o crescimento do mercado de segunda mão sustentável e que deve continuar se consolidando, mesmo com o arrefecimento da inflação sobre os itens de vestuário".