Um perfil de investidor que tem se tornado mais comum, também pela disseminação das redes sociais, que facilitam o entendimento da área, é o de jovens.
Alguns mesmo desde cedo já pensam em renda e segurança financeira para o futuro, como o estudante de Direito, Guilherme Chaves, 21, que começou a se interessar pelo assunto ainda em meados de 2019, quando cursava o ensino médio.
Ele começou a assistir vídeos no Youtube falando sobre investimento na bolsa de valores, mas passou a ler livros para compreender mais o tema.
“De fato, eu demorei um pouco para começar de verdade. De início coloquei apenas alguns trocados na conta da corretora, apenas para ver o que acontecia. Mas, o investimento de fato foi somente após eu já ter estudado por meio de livros que são referência no assunto e conteúdos gratuitos na internet”, declara.
O estudante conta que viu que poderia ser acionista de empresas no Brasil e no mundo, mesmo que com investimento ainda baixo. Mas, para isso, leu livros de autores como Benjamin Graham, Joel Greenblatt e Howard Marks a ponto de se sentir seguro para começar a investir sem perder dinheiro.
Guilherme alega que no início teve dificuldades em saber como investir e na parte mais técnica de acessar os sistemas e fazer o registro, mas que por meio de estudos sanou as dúvidas.
Com investimento em ações, stocks e renda fixa, ele tem seu foco em um prazo longo, mesmo jovem. Ainda acredita que o melhor momento para se iniciar na área seja em sua faixa etária. “É a fase em que você mais vai cometer erros, mas como você tem pouco dinheiro o impacto vai ser reduzido e vai servir de aprendizado para o futuro”, diz.
Apesar de indicar, Guilherme alerta para os principais cuidados que se devem ter quando for investir para não cair em golpes e por isso a importância de estudar e se informar bem. “Tem muita gente vendendo fantasias que irão custar muito aos investidores leigos”, pontua.
Além disso, ele avisa para os cuidados com o perfil de investidor individual para adequar os investimentos ao risco que está disposto a tomar. “Uma pessoa que tem muito medo de perder dinheiro não pode investir boa parte do seu patrimônio em uma startup ou uma smallcap, por exemplo”, complementa.