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Estúdio de games busca virar uma multinacional estando no Ceará
Reportagem

Estúdio de games busca virar uma multinacional estando no Ceará

Experiência.
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Sócios da Studio 85.  conseguiram se posicionar como a maior desenvolvedora de games do Ceará (Foto: Studio 85 / Divulgação)
Foto: Studio 85 / Divulgação Sócios da Studio 85. conseguiram se posicionar como a maior desenvolvedora de games do Ceará

Mesmo em meio a um cenário que se mostra desafiador para o crescimento dentro do mercado gamer, existem aqueles cearenses que conseguem se sobressair e buscar alternativas para se destacar. Vinicius Lima é um deles. Hoje aos 27 anos, ele é um dos sócios da Studio 85, uma das maiores empresas do Ceará quando o assunto é o desenvolvimento de jogos eletrônicos.

Tendo crescido no Bom Jardim, periferia de Fortaleza, Vini contou com a sorte de ter um computador em casa mesmo quando isso era uma raridade em muitos lares brasileiros, no início dos anos 2000. "Meu pai tinha uma política muito rígida. Para poder jogar qualquer coisa, eu tinha que digitar duas páginas de um livro", recorda ele, que diz ter se tornado "mestre em digitação" porque gostava muito de jogar.

O gosto pelos games, a propósito, tem lhe acompanhado por toda a vida, tanto é que escolheu trabalhar justamente com isso. Optou pelo curso tecnólogo em Jogos Digitais, no Centro Universitário Estácio, e logo entendeu a dinâmica que este mercado apresentava, com a falta de emprego e empresas locais, somada a uma alta concorrência nas vagas que surgiam em estados do Sul e do Sudeste. Foi então que Vinícius se juntou a seis amigos para fundar a Studio 85, em 2018.

Em cinco anos, a empresa já conta com participações em eventos locais, nacionais e internacionais, obtendo inclusive premiações na área. O que seria "tendência natural" para fazer com que Vini e amigos batessem suas asas rumo a mercados maiores, a Studio 85 tem trabalhado com duas razões motivadoras.

A primeira é a perspectiva de se tornar uma multinacional mesmo estando no Ceará. "O nosso grande desejo é ganhar reconhecimento com os jogos que estamos produzindo e fazer com que esse reconhecimento, de alguma forma, venha para o nosso Estado."

O segundo impulso é ainda mais nobre. "Queremos ser os professores que a gente não tinha quando começou. Isso é o que move a gente."

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