Corretora de seguros há uma década, em Fortaleza, Maria Milena Sousa Paiva afirma que na sua área de atuação, muito pouco é sentido de crescimento na procura por seguros residenciais. "Só quando é noticiado incêndio em imóvel a procura aumenta um pouco", diz, lembrando que no restante do tempo, são os seguros de automóveis os mais procurados.
Ela destaca que da sua cartela de clientes, após as apólices para automóveis, vem as empresariais e residenciais, na ordem. Porém, a profissional ressalta que existem corretoras que focam em alguns tipos de seguros mais específicos, mas que no geral, esse é o ranking de procura do consumidor.
Daquelas pessoas que buscam por segurar suas residências, Milena nota que o público é composto na sua maioria por mulheres, com um poder aquisitivo maior e que são proprietárias de apartamentos. Ela lembra que seria importante que mais pessoas buscassem esse seguro que, segundo a corretora, tem um "valor bem em conta, em comparação com os de automóvel, por exemplo".
Administradora de 38 anos, Karla Silva, possui um seguro da sua residência há 2 anos e diz que essa decisão lhe traz tranquilidade. Ela comenta que por estar sem carro no momento, este é o único seguro ativo que possui.
Pagando R$ 300 por ano para ter o seu apartamento segurado ela avalia valer muito a pena.
"Infelizmente o ser humano tá fechado para esse tipo de seguro, tão importante para proteger sua casa de qualquer imprevisto. Sai menos de R$ 30 por mês. Ou seja, não é nem o valor de uma pizza para se ter o bem protegido. Essa é uma proteção e tranquilidade pra mim e minha família."
Já a comerciante Valéria Rios, 58 anos, conta que este é o primeiro ano que contratou uma apólice para a sua residência e fez por conta das informações de incêndios em apartamentos na cidade.
"Não me sinto protegida por conta da vizinhança, já que não tenho como saber se possuem os mesmos cuidados que tenho. Assim, o seguro me deixa resguardada."