No Ceará, em 2022, o segmento de Capitalização registrou avanço na arrecadação de mais 20,5%, com R$ 563,4 milhões contabilizados, seguido pelo segmento de Cobertura de Pessoas, com 14,2% a mais em relação ao ano de 2021, totalizando R$ 4,2 bilhões.
Porém, foi o segmento Danos e Responsabilidades (sem DPVAT) o que apresentou um dos avanços mais expressivos, segundo o delegado do Sindicato das Seguradoras Norte/Nordeste (SindsegNNE) no Ceará, Marcelo Amanajás.
"Para 2023 queremos manter esse crescimento de dois dígitos em todas as carteiras. Nossa expectativa é de que o governo ajuste a economia de forma que possamos continuar crescendo", estimou o empresário.
Ainda sobre os resultados observados no ano passado, o Estado possui destaque no seguro Transportes, com 96,8% (R$ 78,9 milhões), Crédito e Garantia, com 72,7% (R$ 89,4 milhões), e ainda Responsabilidade Civil, com 51,2% (R$ 31,4 milhões).
O setor segurador cearense ainda teve crescimento no pagamento de indenizações do seguro Rural, com 83,7% (R$ 4,9 milhões) e do Patrimonial, com 101,8% (R$ 116,8 milhões). Títulos de Capitalização registrou uma evolução em seus sorteios e resgates, com um aumento de 10,1% (R$ 438,6 milhões).
Os dados são da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), divulgados durante Encontro Setorial do Nordeste, realizado no fim do mês de março, em Recife.
Na relação de participação da arrecadação de seguros no PIB estadual, que tem seus últimos dados do ano de 2020, o Ceará é o 1º colocado do Nordeste e o 10º no Brasil. Além disso, a média brasileira foi de 3,6% e o número é a meta a ser buscada pelo Estado.
Sobre os resultados contabilizados no Estado, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, ressalta a atividade econômica forte, embora, ainda, como todos os estados do Nordeste, tem uma renda, um PIB per capita, abaixo do observado nas regiões Sudeste e Sul.
"O Estado está com 3% do PIB e o segundo, que é Pernambuco, tem 2,8%, ou seja, estão praticamente na mesma média, mas o que a gente deseja é que esse número melhore ainda mais. A média nacional é 3,6%. Então, assim ainda dá para melhorar."