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Os desafios até a regulação
Reportagem

Os desafios até a regulação

Viabilidade. Prazo e nomenclatura
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Tipo Notícia

Prometida para 2023 pelo ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) na primeira visita ao Ceará para o lançamento da planta piloto de H2V da EDP, a regulação para a geração de hidrogênio verde é encarada como possível para este ano, segundo avalia Paulo Emílio de Miranda.

"Nós estivemos reunidos no 3º Congresso Brasileiro de Hidrogênio com o Thiago Barral, secretário de transição energética do MME, e outros funcionários dessa secretaria. Eu vi neles um ímpeto muito forte de trabalhar na regulação do hidrogênio no Brasil para fins energéticos", afirmou, mencionando o evento que ocorreu na última semana.

A respeito da regulação, Miranda despeja preocupação com o uso da nomenclatura "hidrogênio verde". De acordo com ele, a certificação de origem do combustível no Brasil pode ser comprometida por essa nomenclatura. O presidente da ABH2 defende o uso de "hidrogênio de baixo carbono" - definição que amplia os métodos produtivos para além da eletrólise com energia renovável - a exemplo do que, segundo ele, fazem a Agência Internacional de Energia, a ISO e as agências europeia e norte-americana.

"A Comissão Europeia apresentou no início deste ano dois atos delegados que estabelece o conceito de hidrogênio renovável. Esse tema ainda é controverso. Eles consideram agora H2 verde pela eletrólise da água a partir de fonte elétrica solar e eólica apenas", observa Andrea Santos, professora da Coppe/UFRJ que participa, atualmente, de um projeto de geração de hidrogênio na Alemanha.

Ela aponta as possibilidades de "diferentes rotas" de produção, incluindo etanol e biomassa, os quais se enquadram no hidrogênio de baixo carbono. Andrea ainda ressalta que é importante "defender os nossos interesses e não apenas produzir de acordo com as regras que os possíveis compradores estão estabelecendo".

 

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