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Eólica envolve outras habilidades para atuação na área
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Eólica envolve outras habilidades para atuação na área

Certificações. Acesso por cordas
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Shelida quer sair da zona de conforto do escritório e atuar na manutenção de eólicas (Foto: FÁBIO LIMA)
Foto: FÁBIO LIMA Shelida quer sair da zona de conforto do escritório e atuar na manutenção de eólicas

Fonte firmada e responsável pela maior parte da matriz energética do Ceará, a energia eólica deve manter essa importância a partir dos 69 parques já aprovados e os 22 projetos para geração offshore (no mar). No entanto, os profissionais que buscam atuar nessa área devem ter mais do que o treinamento em energia.

Ciente dessa exigência, Ana Shelida Lima dos Santos, 27, concluiu o curso de acesso por cordas e, agora, trilha uma transição de carreira na qual pretende sair do escritório da Vestas, onde já trabalha, para atuar em campo. Natural de Icaraí de Amontada, ela é um dos exemplos positivos do impacto das energias renováveis sobre as comunidades locais. Enquanto os pais sempre trabalharam na manutenção da pousada da família, ela faz carreira no setor corporativo de grandes empresas.

Iniciou como estagiária na GE, também em Icaraí de Amontada, e, ao concluir o ensino médio, assumiu como técnica de planejamento da Vestas enquanto fez o curso de tecnólogo em processos gerenciais. Mas a rotina a enfadou e, agora, busca sair da zona de conforto.

"Eu quero experiências novas, mostrar meu trabalho e espero ter resultados bons. Vi que, nessa área de reparo, a Vestas está formando equipe e eu vi que está crescendo muito e pode ser uma oportunidade grande", comenta.

Além das experiências, Shelida considera também dar um incremento no salário. A possibilidade, segundo aponta Daniel Queiroz, diretor técnico do Sindienergia, é possível. Hoje, um profissional da área de energias renováveis ganha a partir de dois salários para as funções mais básicas. Mas, a partir de certificações e do grau de importância dele na empresa, o céu é o limite.

O aquecimento motiva ainda a formação de cursos certificados específicos para o setor. A empresa na qual Shelida faz os cursos é uma subsidiária brasileira da espanhola Airbox que trabalha formando profissionais a partir da demanda do mercado. De olho na demanda gerada pelo hidrogênio, Henrique Fairbanks, diretor administrativo da empresa, conta que já planeja uma ampliação para dotar a empresa dos certificados capazes de treinar profissionais para eólicas offshore.

 

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