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O impacto da primeira Operação Urbana Consorciada
Reportagem

O impacto da primeira Operação Urbana Consorciada

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Edição Impressa
Tipo Notícia

Os “gêmeos”, One e Sky, são fruto da primeira Operação Urbana Consorciada (OUC) do município, aprovada em 2000, durante a gestão de Juraci Magalhães (1997-2005), numa parceria público-privada em que a empresa comprometeu-se a financiar e executar uma requalificação e urbanização da foz do Maceió.

Envolta em uma série de polêmicas que iam desde a intervenção no curso do riacho e remoção da mata ciliar original existente até a desapropriação dos moradores tradicionais, a OUC Parque Foz do Riacho Maceió somente foi executada mais de dez anos depois, em 2014, na gestão de Roberto Cláudio (2013-2016).

Assim, cercado por árvores, pontes e jardins, foi construído o Parque Arquiteto Otacílio Teixeira Neto, ou Parque Bisão, que passou a ter uma integração direta com o desenho urbanístico do riacho e foi de área verde pública a elemento de valorização dos imóveis, erguidos já na gestão do prefeito Sarto Nogueira (2021-atual).

“Todo mundo saiu satisfeito, de boa vontade. Ninguém foi expulso, saiu porque concordou com o valor que estava recebendo para morar legalmente em outro lugar”, garante Otacílio Valente, diretor-presidente da construtora Colmeia.

A ideia era construir quatro prédios de 22 andares de apartamentos, com garagem e espaço de lazer, “aí quando veio a Outorga Onerosa, a gente propôs fazer esse pagamento e foi pago o valor adicional, que chega próximo de R$ 20 milhões, com interesses de ‘botar’ um prédio em cima do outro”.

O termo especulação imobiliária, para Otacílio, é “pejorativo e grosseiro”. “Ele pode ser utilizado quando você está construindo algo que é uma agressão ao meio ambiente, à maneira de viver das pessoas. Se ali fosse uma região em que as pessoas faziam piquenique”, argumenta.

Os dois empreendimentos seguem em andamento: o One, com entrega prevista para o fim do ano; o Sky, que se encontra na fase de conclusão das fundações, com pelo menos mais quatro anos de obras pela frente.

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