Com as mudanças no mundo e o foco em inovação da indústria, a mão de obra também sofre consequências e passa a demandar um outro perfil de profissionais.
Segundo o Mapa do Trabalho 2022-2025, elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), até 2025, o Brasil precisará qualificar 9,6 milhões de pessoas em ocupações industriais. Destes, 2 milhões são em formação inicial para repor inativos e preencher novas vagas.
E, ainda, mais 7,6 milhões em formação continuada, para trabalhadores que precisam se atualizar. Isso significa que 79% da necessidade de formação nos próximos quatro anos será em aperfeiçoamento.
As áreas com maior demanda por formação são as transversais, que permitem ao profissional atuar em diferentes áreas, como técnico em segurança do trabalho, técnico de apoio em pesquisa e desenvolvimento e profissionais da metrologia; metalmecânica, construção; logística e transporte; e alimentos e bebidas.
Destaque também para áreas de tecnologia da inovação e energias renováveis. Esta última com foco principal no potencial do Hidrogênio Verde, diz o diretor Regional do Senai Ceará e Superintendente do Sesi Ceará, Paulo André Holanda.
"O Senai é referência no quesito educação profissional e está sempre se atualizando com as rápidas mudanças do cenário mundial. Hoje o mercado está bastante exigente e não tolera mais desperdício e requer uma preocupação ambiental ativa de todas as empresas de qualquer segmento."
O Senai-CE tem preparado diversos cursos de qualificação, aperfeiçoamento e técnico para preparar os novos profissionais da indústria.
Segundo Holanda, eles serão os responsáveis por solucionar novas problemáticas desse novo cenário mundial como energia fotovoltaica e eólica, sistema hidrogênio verde, indústria 4.0, IoT (Internet das coisas) e mobilidade elétrica. E cita, por exemplo, que a entidade conta com várias empresas parceiras para o desenvolvimento de novos cursos, a exemplo da GIZ, Enel, Aeris, Siemens, Maersk Training, MIT e Fraunhofer Institute.