A "carrocinha" era uma medida praticada antigamente na Capital destinada, inicialmente, ao controle da raiva urbana. Em 1952, a antiga Secretaria de Serviços Urbanos e Abastecimento comunicava o surgimento do veículo e das atividades, que duraram cerca de 60 anos.
Com a criação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em 1986, a carrocinha foi incorporada ao Centro com objetivo de manejar o número de animais em estado de abandono. As atividades, no entanto, foram extintas em 2014 após portaria do Ministério da Saúde que redefiniu os serviços dos CCZ no País, excluindo o recolhimento dos animais das ruas.
A médica veterinária Sâmia Roriz explica que a carrocinha recolhia os animais utilizando sistema de contenção: "Alguns animais eram mais facilmente contidos e colocados no veículo, outros eram mais difíceis". A veterinária lembra que esse tipo de coleta não tinha o apoio da população porque não havia explicação sobre o serviço.
"As carrocinhas passavam nos bairros no dia específico, e os animais que estivessem na rua eram apreendidos e levados para o Centro, onde ficavam acondicionados. No caso de eutanásia, os animais ficavam sem comer devido às anestesias para que, durante o procedimento, eles não vomitassem ou se engasgassem", explica a veterinária.