Carlos Holanda, gestor do Galpão do Pequeno Empreendedor e consultor empresarial, é um dos nomes ativos na defesa do Polo da José Avelino, enfatizando que os negócios formais são diferentes do movimento que ocorre nas madrugadas, com vendedores informais.
Divididos em 32 empreendimentos num espaço que vai desde a rua José Avelino e segue até a área próxima ao Paço Municipal, funciona com uma variedade de produtos, com foco no atacarejo e incluindo especialmente fábricas domiciliares, ou seja, negócios familiares em sua maioria.
Segundo projeção da Associação de Gestores de Empreendimentos do Polo de Negócios da José Avelino e Adjacências (AJAA), existem atualmente em torno de 15 mil pontos de venda dentro dos empreendimentos formais.
Isso gera uma movimentação de uma cadeia de mais de 100 mil pessoas em ocupações diretas e indiretas na feira.
Carlos pontua que "sacoleiros" de diversos estados brasileiros, assim como de outros países, como Cabo Verde, compram dos fornecedores cearenses do polo.
Se o olhar comum associa feira no Polo da José Avelino a vendas nas calçadas, negócios informais que a qualquer momento podem ser expulsos pelo "rapa" (como são popularmente conhecidos os órgãos de fiscalização da Prefeitura - Agência de Fiscalização do Município), a realidade é bem diferente.
Atualmente, os empreendimentos do polo da José Avelino têm, somados, mais de cem vagas para estacionamento de ônibus para "sacoleiros", numa movimentação intensa, especialmente a partir das quinta-feiras.
"Atendemos pessoas de todas as partes do Brasil. Então, os pequenos empreendedores aqui reunidos crescem a partir dessa força familiar que gera produção de qualidade e geração de emprego e renda. Forma uma cadeia de valor, tanto para costureiras, cortadores, quanto para indústria de tecidos e têxteis", afirma Carlos.