Ao escolher o subprocurador-geral da República Paulo Gonet Branco para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela primeira vez não seguiu a lista tríplice, com os nomes sugeridos pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), formulada tradicionalmente desde 2001.
Nos dois mandatos anteriores na Presidência, em quatro situações, o petista indicou o primeiro colocado da relação da categoria. Em março, ele já havia adiantado que a lista tríplice não era "mais o critério" para a escolha.
Gonet agora será analisado pelo Senado. Caso seja aprovado pelos senadores, ficará à frente da PGR por dois anos e poderá, ao fim desse prazo, ser reconduzido ao posto.
Gonet é um constitucionalista tido por seus pares como conservador, religioso, ponderado e conciliador. Foi apoiado pelos ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes.
Ele integra os quadros do Ministério Público Federal desde 1987, foi sócio de Gilmar Mendes no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e hoje é procurador-geral Eleitoral interino. No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atuou nas ações que levaram à inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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