A startup Phycolabs desenvolveu a produção de uma fibra têxtil a partir de algas marinhas encontradas em grande proporção no litoral brasileiro, incluindo o Ceará. A iniciativa foi apresentada no Congresso Internacional de Inovação da Indústria realizado pela CNI e pelo Sebrae.
No caso desse produto, a sustentabilidade está presente porque diferente de componentes sintéticos, como poliéster, elastano e nylon, as algas possuem características ecológicas já que são biodegradáveis. O tipo de alga pesquisada, a Rhodophyta, é encontrado em abundância no Nordeste brasileiro e tem bons resultados em relação à resistência e tingimento.
Thamires Pontes, fundadora e ceo da empresa, é mestre em Têxtil e Moda e informa que a fibra desenvolvida à base de algas permite a combinação com outros produtos, como algodão, linho, rayon e cânhamo.
"É muito importante entender o impacto ambiental dos produtos e como as escolhas dos consumidores podem impulsionar a inovação sustentável. Com a ecoinovação podemos reestruturar processos de produção, criar cadeias de suprimentos sustentáveis, melhorar a eficiência energética, promover a reciclagem e reutilização, entre outras práticas", declara Thamires.
Ela conta que a equipe enfrentou alguns desafios tecnológicos de escala, mas que ele chegará ao mercado Atualmente, o produto está na fase de finalização do protótipo.
"Temos o compromisso de aliar tecnologia, inovação, respeito ao meio ambiente ao seu próximo look", diz a ceo. A tecnologia desenvolvida por ela já conta com reconhecimento internacional, na Suécia, em função do potencial de impactar o mercado da moda e da indústria têxtil.