A presidente do Sindieventos Ceará comemora os números, mas pontua que, dados os prejuízos no período de paralisação de atividades, nem todas as empresas conseguiram se equilibrar financeiramente.
“A ocupação está igual ou até maior do que em 2019. E daí as pessoas perguntam se as empresas estão bombando em ganhos financeiros. A resposta é: ainda não, porque além dos dois anos parados, 2023 foi de muito investimento em materiais e estruturas”, explica.
Quanto às projeções para o próximo ano, contudo, não há consenso se o ritmo acelerado de retomada permanecerá. Segundo Liége Xavier, da Abrape, em recente congresso do segmento, a avaliação foi a de que 2024 deve ser um ano de acomodação. “Passou o efeito que a gente chamou de ‘champanhe’ ou de ‘borbulha’, porque o custo de vida segue alto e a situação é de um realinhamento e estabilização”, avaliou.
“Eu acredito que o ano que vem vai ser melhor. Esse segundo semestre foi maravilhoso”, exaltou Stella Pavan, do Sindieventos, por outro lado. “A ocupação para o Réveillon em Fortaleza já superou todas as expectativas: 95%. Isso vai ajudar muito para quem trabalha com entretenimento”, ilustrou a presidente da entidade, que vê nesses dois fenômenos, bons prenúncios para 2024.
Por sua vez, o analista de políticas públicas do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Alexsandre Lira, "o setor de arte e cultura (no qual está inserido o de eventos) cresceu ao longo do ano e isso tem influenciado positivamente porque ajuda também a gerar empregos. Só para você ter uma ideia, dos 53 mil empregos que o Ceará gerou até outubro, mais da metade foi do setor de serviços e a área de eventos atrai negócios e gera empregos".