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Ricardo Coimbra: Paz para seu bolso! O que esperar de você e do mercado?
Reportagem

Ricardo Coimbra: Paz para seu bolso! O que esperar de você e do mercado?

Mestre em economia aponta que o passo inicial pelo equilíbrio financeiro depende de uma mudança de postura. Das pessoas passarem a ter o entendimento do que precisam para ter uma "paz no seu bolso"
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Nota e moeda de real sob uma cama de peças de quebra-cabeça (Foto: Comugnero Silvana/Adobe Stock)
Foto: Comugnero Silvana/Adobe Stock Nota e moeda de real sob uma cama de peças de quebra-cabeça

A cada novo fim de ano as pessoas buscam suas reflexões sobre o que foi e ainda de como virá. Como foram minhas finanças no ano que se finda? Será que teria capacidade de compreender minhas finanças e me organizar no novo ciclo? O que preciso fazer no novo ciclo para realizar minhas necessidades e os meus desejos? Quais conquistas financeiras poderei alcançar nesse novo ciclo? E como poderei montar meu cenário? Essas e outras reflexões aguçam o imaginário das pessoas.

Contudo, o passo inicial depende de uma mudança de postura. Das pessoas passarem a ter o entendimento do que precisam para ter uma “paz no seu bolso”.

De enxergar a importância de saber exatamente para onde vai seu dinheiro. Ou seja, a necessidade de se criar o hábito de: se planejar, monitorar o orçamento de receitas e despesas, eliminar e evitar dívidas, realizar e acompanhar investimentos.

E ao longo do tempo tornando-se possível de administrar o próprio patrimônio e conhecendo como trabalhar com ele a ponto de não precisar depender de outras pessoas para tomar decisões financeiras, mas somente para obter ideias e orientações atualizadas de mercado.

Pensando nisso, o processo de construção da educação financeira e a facilidade de acesso a informação de como conseguir modelar o controle das finanças está cada vez mais disponível as pessoas.

Não só por meio de empresas que vem disponibilizando seus serviços, através de suas assessorias, como também por meio de canais públicos como Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Banco Central e até mesmo pelo Tesouro Direto.

Onde, deve-se aproveitar os instrumentos disponíveis, como planilhas e aplicativos, e montar seu planejamento juntamente as projeções de cenários para os próximos anos.

O que esperar de 2024?

Ao ano de 2024 se projetam cenários de melhoria para o bolso a medida que algumas variáveis econômicas tendem a ser positivas no seu direcionamento conforme as expectativas do mercado.

Há, por exemplo, uma grande expectativa de redução do ritmo inflacionário, podendo ser inferior a 4% e diminuindo o ritmo de crescimento do custo orçamentário das pessoas. 

Já sobre a famigerada taxa de juros, a tendência é que a Selic feche o ano em 9,25% ao ano. Hoje está em 11,75 ao ano. O que deve fazer com que o custo do crédito seja menor, e que se fortalece com a continuidade dos programas de renegociação de dívidas como o Desenrola, Fies, Serasa e etc.

Em relação à atividade econômica, a projeção é de crescimento em torno de 2%. Mesmo que em nível menor que em 2023, isso deve levar à continuidade da redução das taxas de desemprego, podendo ser inferior a 7%, e ainda devendo provocar uma elevação média da renda face a disputa por trabalhadores mais qualificados.

Ricardo Coimbra: conselheiro do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-Ce), conselheiro da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec Brasil), acadêmico da Associação Cearense de Economia (ACE) e mestre em Economia pela Universidade Federal do Ceará (UFC/Caen)

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