Partidos estarem há algum tempo sob mesmo comando não significa que estejam sempre do mesmo lado ou com as mesmas posições. Os mesmos dirigentes passaram por muitas oscilações.
Eunício Oliveira conduziu o então PMDB, hoje MDB, a ser uma das principais forças aliadas de Cid Gomes no governo do Estado. No final da gestão, em 2014, quis ser candidato a governador, não teve apoio de Cid e rompeu. O eleito foi Camilo Santana (PT), candidato de Cid, com quem Eunício se recompôs e de quem passou a ser importante aliado, depois de ser derrotado por ele.
Domingos Filho era do partido de Eunício, mas se aproximou tanto de Cid que foi para o mesmo partido — primeiro o PSB, depois o Pros. Também queria ser governador e também não teve apoio. Indicado conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), rompeu com Cid, mas se reconciliou nas eleições de 2018.
Em 2022, ficou do lado de Roberto Cláudio e Ciro Gomes (ambos PDT). Em 2023, mudou de lado, entregou cargos na gestão do prefeito José Sarto (PDT) e passou a apoiar o governador Elmano de Freitas (PT).
Alexandre Pereira era adversário do grupo governista no Ceará. Estava na chapa de Moroni Torgan em 2008, concorreu ao Senado pela oposição em 2010 e foi candidato a vice de Heitor Férrer em 2012. No segundo turno, aderiu ao grupo governista e assumiu a presidência do Conselho de Desenvolvimento Econômico na gestão Cid. Entregou o cargo para apoiar Eunício em 2014, por não aceitar a indicação de um petista — Camilo. Desde 2016, está alinhado ao grupo de Roberto Cláudio.