Estima-se que dos 1,9 milhão de brasileiros que vivem legalmente nos EUA, até 7% tenham origem no Ceará. O Estado tem a terceira maior comunidade vivendo naquele país, entre os nordestinos. O levantamento foi feito pelo gerente de comunicação da Gondim Law Corp, Rodrigo Rodrigues.
"Uma questão interessante é que em 2023 a exportação de produtos do Ceará cresceu 74% e por conta da relação comercial transatlântica com os Estados Unidos, que é o maior parceiro do Ceará em termos de exportação. No resto do Brasil, é a China, mas, no Ceará, são os Estados Unidos e é desse contato entre empresas norte-americanas e cearenses, principalmente, da área siderúrgica, de calçados e de pescado que passa a existir um intercâmbio cada vez maior dessas pessoas para trabalhar fora", explica.
Rodrigues aponta que uma região em particular nos Estados Unidos tem atraído mais interesse do imigrante cearense: o Texas. O estado tem força no agronegócio, na indústria petrolífera e na indústria aeroespacial. "Uma grande procura de imigrantes saídos do Ceará é por Dallas. Ela cresceu 9,9%, com salários que variam de R$ 7 mil a R$ 30 mil. No Texas, além de Dallas, Austin e Houston, que têm grandes empresas de tecnologias, estão atraindo os cearenses", cita.
Ele acrescenta que há uma tendência de aumento nesse fluxo de cearenses também com o desenvolvimento das energias renováveis. "A gente, inclusive, tem vários casos de EB2-NIW com pessoas na parte de engenharia, mas também biólogos, agrônomos, porque alguns estados norte-americanos, inclusive, favorecem muito essa área de energias renováveis e procuram muito ver a parte de aquecimento global sem depender tanto dos combustíveis fósseis", concluiu.