A desenvolvedora de softwares, Isabel Cristina, de 23 anos, já começou sua jornada profissional em pleno contexto pandêmico e com trabalho home office, feito por demanda, sem conhecer ainda a experiência de trabalhar presencialmente. "Eu comecei em 2021, como estagiária, e no ano seguinte eu fui contratada como CLT por uma empresa aqui mesmo do Ceará. Então, eu nunca trabalhei no modelo presencial. Eu sempre tive que aprender a ter muita disciplina porque é muito difícil, não ter ninguém ali do seu lado, vendo que você está trabalhando", conta.
Isabel concilia as atividades do trabalho com o último ano do curso de Ciências da Computação. "Eu tenho que estudar também para a faculdade e como eu tenho que trabalhar em média oito horas por dia, sempre coloco cadeiras em um período. Por exemplo, às segundas, eu tenho aula de manhã", explica.
Para ela, o modelo de trabalho remoto tem mais vantagens que os formatos híbrido ou totalmente presencial. "As vantagens são, obviamente, trabalhar no conforto de casa, podendo usar seu próprio teclado. A desvantagem é você não ter contato com outras pessoas, apesar da gente fazer reuniões diárias", afirma.
Ela diz se preocupar um pouco com a possibilidade de mudar o modelo de trabalho, embora não desconsidere a alternativa. "Me assusta um pouco pensar em trabalhar presencialmente. Como eu nunca trabalhei assim, já tenho toda uma rotina montada para dar certo, mas tudo bem se fosse para o presencial", pontua. "Já o híbrido eu acho que desconfigura um pouco porque você tem uma rotina para trabalhar remotamente e aí depois tem que ir para o presencial."