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Novas diretrizes de sustentabilidade e consumo no Brasil
Reportagem

Novas diretrizes de sustentabilidade e consumo no Brasil

Panorama.
Edição Impressa
Tipo Notícia

No mês de abril, a CNseg participou da Cúpula de Seguros Sustentáveis realizada com outros países, em Los Angeles, que discutiu a emergência climática mundial. Dyogo Oliveira, presidente da entidade brasileira, disse ter consciência que a transição climática tem diferentes implicações a níveis nacional, regional e global e que não há resposta simples para isso.

"Por isso, o setor segurador está desempenhando um papel importante neste processo, construindo produtos e serviços para melhor gerenciar os riscos crescentes que estamos enfrentando devido às mudanças climáticas", disse em discurso.

O executivo ainda apresentou o Roadmap de Sustentabilidade em Seguros da CNseg. O documento servirá para orientar as ações da Confederação e para fomentar práticas mais sustentáveis e a sinergia entre as agendas de sustentabilidade e relações de consumo na construção de produtos adaptados à necessidade do consumidor.

Entre as quatro referências fundamentais do programa estão os princípios para sustentabilidade em seguros; os aspectos ESG mais relevantes para o mercado; o arcabouço regulatório temático; e os onze objetivos ambientais, climáticos e sociais que serão abordados pela taxonomia sustentável brasileira.

Também são contemplados outros três eixos principais que refletem as necessidades e desafios específicos de Seguros Gerais, Previdência Privada, Vida, Saúde Suplementar e Capitalização com ênfase particular nos temas ambientais, sociais e de governança.

A promoção de uma transição justa para economia sustentável e de baixo carbono; o estímulo à resiliência da sociedade frente às mudanças climáticas; e a promoção da inclusão e combate à desigualdade estão entre as prioridades levantadas. Na prática, para o setor de seguros em geral, que atende a maior parte da população, as alterações climáticas podem impactar os sinistros pelo aumento de desastres naturais e mudanças nos padrões climáticos e pluviométricos de determinadas regiões. Por isso, as seguradoras precisam considerar essas questões na gestão e subscrição de riscos para criar novos produtos ao consumidor e empresas.

Já quando o assunto é vida e previdência será preciso levar em conta questões sociais e demográficas. Se, por um lado, o aumento da longevidade da população impõe desafios à gestão de produtos de previdência complementar, a ascensão das camadas mais baixas da população trazem oportunidades relevantes para o setor.

E os produtos de capitalização seguem essa lógica da inclusão financeira, especialmente, corroborando para a acumulação de recursos a longo prazo com objetivo de gerar receitas e acumular patrimônio.

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