Acelerar e qualificar o processo de desenvolvimento do Ceará têm sido metas de muitos governos desde antes da redemocratização, quando todos os governadores cumpriram a missão de atualizar as estratégias a partir das novas oportunidades que foram surgindo.
"O Ceará é um 'case' de planejamento de longo prazo desde o Plameg 1 (Plano de Metas do Governo, elaborado por Virgílio Távora durante o primeiro mandato, de 1963 a 1966). Até agora são passados 60 anos de experiências exitosas e planejamento em cada ciclo, com a sua evolução sendo o Ceará 2050", comenta Lauro Chaves Neto, presidente da Academia Cearense de Economia (ACE).
A modernização da máquina pública era um dos alvos do Plameg, assim como foi de Tasso Jereissati quase 20 anos depois. Além das novas possibilidades de progresso, os gestores que ocuparam o cargo de governador precisaram estar atentos a como sanear as finanças e a gestão.
Maia Júnior, ex-vice-governador e ex-secretário do Planejamento e Desenvolvimento Econômico, diz que essa busca é uma constante, especialmente hoje, em tempos nos quais o equilíbrio fiscal faz diferença para o desempenho do Estado. "Com prognósticos ruins para os próximos anos, as coisas vão ser aliviadas com esse empréstimo feito com o Banco Mundial. Agora, o Ceará não pode ficar nesse ciclo constante de rolar a dívida. Nós precisamos ampliar o investimento público."
Esta é uma das formas de atingir o que projeta Lauro Chaves, quando aponta a necessidade de avançar na execução do planejamento para reduzir as desigualdades sociais e territoriais existentes no Ceará. O economista se refere, principalmente, à ampliação do PIB local a partir do aumento da renda média da população.
(Colaborou Adriano Queiroz )