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O futuro pelo esporte e os desafios até o ouro
Reportagem

O futuro pelo esporte e os desafios até o ouro

Bolsas de fomento para atletas e parcerias com projetos esportivos e federações aceleram o desenvolvimento. Grande aparelho promotor do esporte olímpico no Estado, Centro de Formação Olímpica supera passado de subutilização e promove cerca de 20 modalidades olímpicas e paralímpicas. Caminho até a medalha ficou mais fácil?
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Beatriz Souza conquista o 1º ouro do Brasil na Olimpíada de Paris (Foto: Jack GUEZ / AFP)
Foto: Jack GUEZ / AFP Beatriz Souza conquista o 1º ouro do Brasil na Olimpíada de Paris

Viver entre o sonho da redenção olímpica e a realidade do trabalho necessário até alcançar os índices dignos de medalhas traz diversas questões a serem respondidas.

A principal é que bases sólidas estão sendo formadas para que o atleta chegue aos pódios e o Brasil possa se apresentar como uma potência esportiva.

Dentro desse contexto, a introdução de modalidades esportivas ao dia a dia de crianças, jovens e população em geral é um princípio básico. Mas a transformação de praticantes em atletas de alto rendimento requer toda uma estrutura. E investimentos.

Formar um atleta de alto rendimento custa caro. Dados divulgados pelo Comitê Olímpico dos Estados Unidos mostram que o aporte anual na formação de um atleta olímpico pode chegar a US$ 500 mil, o equivalente a R$ 2,6 milhões.

Países como Austrália e Japão já anunciaram investimentos ainda maiores, variando entre R$ 3,4 milhões e R$ 9 milhões.

No caso japonês, governo e patrocinadores corporativos investem milhões em infraestrutura, tecnologia de treinamento e focam especialmente em modalidades como judô, ginástica e natação.

Último anfitrião, o Japão aplicou quase US$ 15 bilhões (equivalente a R$ 83 bilhões) - em valores corrigidos pela inflação.

No Brasil, as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, custaram ao todo R$ 36,7 bilhões, sendo que R$ 3,2 bilhões foram destinados exclusivamente à formação e treinamento de atletas.

Em 2015, por exemplo, somente o gasto do governo brasileiro com esportes - seja em preparação de atletas como em projetos de infraestrutura - alcançou US$ 842,4 milhões, apontou a Forbes.

O montante aplicado foi o maior dentre todos os países da América Latina. O efeito imediato veio no desempenho nos jogos Pan-Americanos de 2015, onde o Brasil ficou no terceiro lugar no quadro de medalhas, com 41 medalhas de ouro. O feito foi conquistado pela primeira vez em 48 anos, superando Cuba no quadro de medalhas.

No palco máximo do esporte, na Rio 2016 o projeto esportivo do Brasil alcançou seu ápice, com 19 medalhas conquistadas, sendo sete de ouro.

O número foi igualado na edição seguinte, em Tóquio 2020, momento em que o País alcançou sua maior quantidade de medalhas no geral em uma única edição, 21.

Lançado para a temporada de 2005 do esporte olímpico, o Bolsa Atleta garantiu uma remuneração mensal para atletas brasileiros de forma que pudessem se dedicar exclusivamente ao esporte.

Inicialmente, 975 esportistas foram contemplados. Hoje, o programa já beneficia um montante dez vezes maior. São 9.075 bolsistas, recebendo entre R$ 410 e R$ 16.629,99 por mês.

O montante aumentou no último dia 11 de julho, após reajuste promovido pelo Governo Federal, de 10,8% no valor das bolsas. Até então, os valores das bolsas variavam entre R$ 370 e R$ 15 mil.

O POVO questionou o Ministério do Esporte sobre o nível de investimentos em apoio aos atletas do esporte olímpico brasileiro e se o montante do atual ciclo é superior em relação aos ciclos anteriores. Mas não obteve retorno até o fechamento da edição. 

Imane Khelif: O que é ser uma pessoa intersexo? Caso de atleta em Paris gera desinformação l OP NEWS

 

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FORTALEZA, CE, BRASIL, 08-06-2017: Quadra de Atletismo. O Centro de Formação Olímpica (CFO), visinho à arena Castelão, no bairro Castelão, recebe a visita  do Ministro dos Esportes Leonardo Picciani e acompanhado pelo governador do Ceará, Camilo Satana (PT).
FORTALEZA, CE, BRASIL, 08-06-2017: Quadra de Atletismo. O Centro de Formação Olímpica (CFO), visinho à arena Castelão, no bairro Castelão, recebe a visita do Ministro dos Esportes Leonardo Picciani e acompanhado pelo governador do Ceará, Camilo Satana (PT).

Investimento em infraestrutura de esportes

O aumento do patamar de investimentos de forma continuada gera seus legados. E o Centro de Formação Olímpica do Nordeste (CFO) é o principal estadualmente. Hoje, 19 modalidades olímpicas e duas paralímpicas são desenvolvidas no CFO.

O aporte em treinamentos, amparo médico, alimentação, alojamento e infraestrutura beneficia desde crianças dando os primeiros passos no esporte, até atletas renomados de nível nacional e internacional.

Gerente de Esporte e Lazer do CFO, João Neto aponta que o principal objetivo é a formação de atletas por meio de um espaço privilegiado, legado olímpico do Rio 2016.

Após anos subutilizado, entre 2014 e 2019, a partir de um novo contrato de gestão com o Instituto Dragão do Mar (IDM), o Estado conseguiu estruturar uma nova política.

"Temos piscinas olímpicas similares às usadas em Londres 2012, para alta performance e introduzindo a natação e os saltos ornamentais, uma modalidade que até então não era praticada no Ceará. Hoje, temos 1,8 mil atletas treinando com toda estrutura", afirma.

No âmbito governamental, o secretário do Esporte do Ceará (Sesporte), Rogério Pinheiro, enfatiza as parcerias que têm colocado o Estado como referência no desenvolvimento de novos esportes olímpicos, citando os casos de saltos ornamentais, hóquei na grama e um novo programa de tiro com arco que está sendo lançado.

Ele pontua ainda que o Estado mantém uma versão local e que pode ser somada ao Bolsa Atleta (o Programa Ceará Atleta), que funciona de forma similar à versão federal. Outra ação importante é o apoio com oferta de passagens aéreas para competições.

Dentre os frutos desse trabalho de fomento, destaca resultados de atletas como o cearense Matheus Lima, vencedor de duas medalhas, de ouro e prata, no Atletismo nos Jogos Pan-Americanos de 2023.

Para o futuro, projeta a inserção de mais modalidades olímpicas no dia a dia dos cearenses e abre as portas do CFO para a população, também lembrando das ações realizadas nos espaços de Areninhas em todo Estado.

"Temos cerca de 6 mil atletas cearenses beneficiados com bolsas para esportes e na Secretaria trabalhamos muito no fomento da prática esportiva, tentando despertar o interesse pelo esporte, buscando parcerias com confederação e federações", pontua.

 

Igualdade de tratamento

Neste ano, com a aprovação da nova Lei Geral do Esporte, algumas inovações importantes puderam ser implementadas.

Uma delas é a que prevê premiações iguais para homens e mulheres em competições que recebam dinheiro público para a organização.

No caso dos Jogos Olímpicos de Paris, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) anunciou que os medalhistas individuais devem receber R$ 350 mil por medalha de ouro em provas individuais, R$ 700 mil para o caso de equipes de dois a seis atletas, além de R$ 1,05 milhão para equipes com sete ou mais atletas.

No caso do ouro, os valores foram reajustados em 40% pelo COB em relação aos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Os repasses para atletas que ganharam a prata rendem entre R$ 210 mil para aqueles de modalidades individuais, até R$ 630 mil para premiados em provas de equipes com sete ou mais atletas.

Já para o caso de medalhas de bronze, serão pagos R$ 140 mil por medalha em categorias individuais até R$ 420 mil para modalidades de sete ou mais atletas.

At laccatum non consequat.

Apis sime sundam volorporem rem que cores nost et archill estiusto dit, a nectate parchilla adi quo bea nimporepudam facere modi ut dolessi que preria verchit et ari alitate tusaperum illorios mi, quam nullabo. Ut officidenis re volupta turias rem voluptae. Nus ea doluptat porum id

 

2024.07.31 - Jogos Olímpicos Paris 2024 - Boxe feminino - Beatriz (Bia) Ferreira (de azul) em ação contra a holandesa Chelsey Heijnen nas quartas de final da categoria até 60kg feminina. Foto: Gaspar Nóbrega/COB
2024.07.31 - Jogos Olímpicos Paris 2024 - Boxe feminino - Beatriz (Bia) Ferreira (de azul) em ação contra a holandesa Chelsey Heijnen nas quartas de final da categoria até 60kg feminina. Foto: Gaspar Nóbrega/COB

O trabalho das Forças Armadas

O esporte olímpico de alto rendimento ganhou um parceiro nos últimos anos: as Forças Armadas.

Criado em 2008, o Programa Atleta de Alto Rendimento (Paar) tem ganhado espaço no quadro de medalhas brasileiro nos Jogos Olímpicos.

Atualmente, são apoiados 533 esportistas militares, sendo que 97 fazem parte da comitiva olímpica neste ano - o equivalente a 35% do Time Brasil. No Paar, os atletas têm equipe multidisciplinar e estrutura para treinos.

Pelo Paar, as Comissões de Desportos da Marinha (CDM), do Exército (CDE) e da Aeronáutica (CDA) abrem as portas das organizações militares para que os esportistas do Paar possam ter mais um apoio na trajetória.

Cada Comissão é responsável pela questão desportiva da sua Força e os atletas têm à disposição toda infraestrutura necessária para o fortalecimento do alto rendimento.

Segundo a Defesa, os atletas quando incorporam ao programa já possuem aparato técnico das confederações e, alguns, de clubes. Assim, as Forças Armadas passam a somar esforços na trajetória esportiva.

Uma das atletas militares em destaque nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 é a sargento Beatriz Ferreira, bicampeã mundial de boxe e medalhista de prata em Tóquio 2020.

Dos dez atletas que compõem a seleção olímpica de boxe que representa o Brasil na França, nove pertencem ao Paar.

Em Paris, os atletas militares do Brasil estarão em 21 modalidades, das 39 que terão participação verde e amarela. Desse montante, 54 são atletas mulheres e 43 são homens.

"Acreditamos que os militares terão excelentes participações e há ótimas expectativas para o melhor dos resultados, que poderão gerar conquista de medalhas e na projeção do País no cenário esportivo mundial", destaca o diretor do Departamento de Desporto Militar, general de Brigada Carlos Vinícius Teixeira de Vasconcelos.

Além do aparato esportivo, os atletas militares também dispõem dos direitos da carreira militar, como salário; décimo-terceiro; férias; assistência médica, odontológica, de fisioterapia, de nutrição e psicológica; entre outros benefícios.

 

29.10.2023 - Jogos Pan-americanos Santiago 2023 - Atletismo - Pódio - Caio Bonfim, medalhista de prata - Marcha Atlética
29.10.2023 - Jogos Pan-americanos Santiago 2023 - Atletismo - Pódio - Caio Bonfim, medalhista de prata - Marcha Atlética

O papel importante das empresas

Chamou atenção as palavras do brasileiro Caio Bonfim, medalha de prata na Marcha Atlética em Paris 2024, desabafando sobre críticas e falta de patrocínio mesmo estando em seu quarto ciclo olímpico.

"São nove anos de marcha. Mas também não teve um dia que não fui apoiado dentro de casa, foi "paitrocínio" mesmo. Dinheiro, investimento, choro... Não tem como não se emocionar. Eles (os pais) me trouxeram aqui, não foi meu País, meus patrocinadores. Não devo nada para ninguém. Na minha casa, eu devo."

Dentro desse contexto, em que historicamente atletas de modalidades olímpicas reclamam de maior apoio para desenvolvimento de suas habilidades, qual o papel das empresas?

Dentro dessa perspectiva, a professora da Universidade de Fortaleza (Unifor) e consultora em Marketing e Branding, Gal Kury, destaca que nem todas as organizações entendem bem o conceito de patrocínio e apoio de longo prazo.

No imediatismo do mercado, muitas empresas preferem ações pontuais aproveitando a "onda" da competição. Ela destaca que apoios de longo prazo, em que atletas passam a ser representantes da marca no mundo esportivo, são mais raros.

Há ainda o caso de empresas que patrocinam figuras esportivas já consolidadas, alguém já famoso, que, mesmo custando mais caro, tentam ao máximo associar e transferir parte da aceitação do público do atleta para a marca.

Mas, para Gal, o mundo dos esportes pode ser valioso caso as empresas saibam montar projetos.

"O esporte traz muitos valores que todo mundo valoriza, como o esforço, a superação, em algumas modalidades temos a força do coletivo, a resiliência", comenta.

A consultora destaca que o principal foco da empresa deve ser com que esses valores reverberem na marca. Dá o exemplo do Banco do Brasil e a identidade criada junto ao público do apoio ao esporte olímpico, principalmente ao vôlei e ao vôlei de praia.

Isso cria uma identidade emotiva com os torcedores, daí as marcas podem criar soluções e experiências focadas em estilo de vida, por exemplo, e colher frutos com a fidelização.

FORTALEZA-CE, BRASIL, 27-07-2024: Investimento em esportes olímpicos. Na foto, uma das atletas que participam do programa de treinamento do Instituto Esporte Mais. (Foto: Fernanda Barros/O Povo)
FORTALEZA-CE, BRASIL, 27-07-2024: Investimento em esportes olímpicos. Na foto, uma das atletas que participam do programa de treinamento do Instituto Esporte Mais. (Foto: Fernanda Barros/O Povo)

Formação de atletas e cidadãs pelo futebol

"O Brasil é o país do futebol". Futebol masculino. A aceitação da massa ao futebol feminino tem evoluído, mas ainda é aquém em comparação aos homens.

No Ceará, meninas com sonho de se tornarem atletas chegam a encontrar dificuldades na procura por oportunidades de galgar o sonho de serem jogadoras. Uma porta aberta para isso é o projeto Futebol pela Igualdade, promovido pelo Instituto Esporte Mais.

Jessyca Rodrigues, presidente do Instituto, revela que o projeto atende 200 meninas entre 9 e 29 anos, em quatro núcleos na Cidade.

A iniciativa conta com apoio do Governo do Estado e Prefeitura de Fortaleza na cessão dos espaços, como areninhas e o CFO, e também com os repasses das leis de incentivo ao esporte nacional e estadual, mas espera que o fomento continue e seja ampliado para fortalecimento não só dos atletas, mas também dos projetos e clubes.

Para o futuro, Jessyca conta que o projeto deve crescer, beneficiar mais meninas com a oferta de modalidades de lutas e skate - esse numa parceria com a Nike e a skatista Rayssa Leal.

Um dos exemplos de impacto positivo do projeto é a história de Andreza Rodrigues, 21. Goleira, ela é beneficiária do Bolsa Atleta e neste ano deve receber pouco mais de R$ 400 por mês.

Ela comenta que esse é um grande incentivo para correr atrás do sonho de ser atleta, melhorando os equipamentos, alimentação e deslocamentos.

Ciente que o futuro como atleta pode não resultar no profissionalismo, também estuda. Além de jogadora, é fotógrafa no Instituto Esporte Mais e faz parte da comissão técnica das categorias inferiores do futebol feminino.

 

FORTALEZA, CE, BRASIL, 01-08-2024 - Nadadora Paralímpica Edilania Freitas (foto: Matheus Souza/Especial para O povo)
FORTALEZA, CE, BRASIL, 01-08-2024 - Nadadora Paralímpica Edilania Freitas (foto: Matheus Souza/Especial para O povo)

Desafios do paradesporto e a luta por inclusão

O desafio em busca daquele segundo para alcançar o índice para disputa de grandes competições nacionais e internacionais não é o maior que a nadadora Edilania Freitas já enfrentou em sua vida.

Paraplégica após sofrer um acidente de motocicleta aos 17 anos, em Acopiara (a 350,93 km de Fortaleza), passou dez anos vivendo uma vida sedentária em cima de uma cadeira de rodas. Foi quando o esporte entrou em sua vida.

Há seis anos na natação, já participou de 22 competições, medalhou mais de 70 vezes, bateu recordes cearense e regional e as próximas metas são de alcançar o Brasileiro e o Mundial de natação paralímpica.

Até chegar a esse nível, precisou sair do Interior, passar um tempo treinando em Horizonte (Região Metropolitana de Fortaleza), outro período sem treinar em piscina própria para competição, até ter acesso às estruturas do Centro de Formação Olímpica (CFO), das bolsas para atletas e apoio de dois patrocinadores (Cosampa e Ceneged).

Hoje, além de nadadora, Edilania tornou-se palestrante e influenciadora digital, divulgando seu dia a dia de treinos no Instagram (@edilania.freitas). E celebra que o esporte a permitiu encontrar o caminho para a minha independência e autonomia.

 

DO CLUBE PARA SELEÇÃO

Na disputa do Remo, o brasileiro Lucas Verthein está utilizando o barco que utiliza em seu clube, o Botafogo.

O material foi "doado" pelo dono da SAF do futebol do clube, John Textor, que descobriu a história do atleta e mesmo sem ter vínculo com o esporte olímpico do Botafogo comprou a embarcação, que vale mais de R$ 112 mil.

Com o novo barco, o atleta já disputou os Jogos Pan-Americanos de Santiago, em 2023, conquistando o ouro e também toda preparação para Paris 2024.

CEARÁ EM PARIS 2024

Dentre os 10.500 atletas olímpicos de diferentes países, mais de 200 são brasileiros, que competirão em 32 modalidades. Destes, cinco são atletas cearenses: Adriana Cardoso (handebol), Manoel Messias (triatlo), Matheus Lima (atletismo), Thiago Monteiro (tênis) e Vittoria Lopes (triatlo).

Diploma

Em Portugal, além das medalhas de ouro, prata e bronze, os atletas que ficam entre quarto e oitavo lugares que recebem um Diploma Olímpico do Comitê Olímpico Internacional (COI), são celebrados nos portais de notícias. Foi o caso do ciclista Nelson Oliveira, que foi o 7º na prova de Ciclismo Contrarrelógio, no início da semana passada.

 

Wanderley Pereira perdeu luta contra ucraniano nas Olimpíadas de Paris-2024.
Wanderley Pereira perdeu luta contra ucraniano nas Olimpíadas de Paris-2024.

O Bolsa Atleta como apoiador de sonhos

"Eu acredito que o Bolsa Atleta ajuda a gente a conseguir manter o foco nos nossos sonhos, nos nossos objetivos e, de certa forma, conseguir continuar vivendo com dignidade". A frase referente ao programa é do boxeador brasileiro Wanderley "Holyfield" Pereira.

A declaração foi dada na última sexta-feira, 2, ao fim da luta, contra o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, que ocasionou a eliminação do paranaense nas quartas de finais do boxe, na categoria meio-pesado, nas Olimpíadas de Paris.

A importância do projeto vai além. "Eu acredito que isso deixa a nossa mente mais tranquila".

Na outra face do apoio, Holyfield elenca que recebeu todo o suporte da Confederação Brasileira de Boxe (CBBoxe) para a realização de treinamentos, viagens e competições. "Eu acho que isso não faltou em nenhum momento".

Entretanto, a ausência é notada nos patrocínios. O boxeador paranaense destaca a dificuldade para conseguir, que, segundo ele, o boxe não é tão visto nem tão valorizado no País.

"Apesar dos nossos resultados, eu acho que não é tão visto como em outros esportes. Acaba que a gente tem dificuldade em conseguir patrocínio. Um esporte ou alguma coisa que não está na mídia o tempo todo, não é tão procurado, então acho que é mais difícil alguém procurar investir nesse caso". 

Com informações do correspondente do O POVO na Olimpíada de Paris 2024, Victor Pereira

As modalidades disponíveis no CFO

Levantamento de Peso Olímpico
Futebol
Futsal
Futebol Feminino
Voleibol
Vôlei de Praia
Basquete
Karatê
Boxe
Judô
Natação
Salto Ornamental
Ciclismo BMX Race
Ginástica Artística
Taekwondo
Breaking
Rugby 7
Hóquei sobre a Grama
Tênis
Natação Paralímpica
Tênis de Mesa Paralímpico

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