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Mudanças climáticas causam impactos na saúde pública
Reportagem

Mudanças climáticas causam impactos na saúde pública

Estudo
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Tipo Notícia

As mudanças climáticas impactam diretamente a saúde pública. Um estudo de 2023, realizado por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fiocruz e Universidade de Lisboa, revelou que ondas de calor causaram mais de 48 mil mortes no Brasil entre 2000 e 2018. Um total de 1.735 foram em Fortaleza, principalmente por doenças circulatórias e respiratórias.

Jonathan Vicente, biomédico e doutorando em Mudança Climática e Saúde, destaca que o aumento da temperatura pode acelerar a proliferação de mosquitos transmissores de dengue, Zika e chikungunya.

"O aumento da temperatura pode estimular a proliferação desses vetores, pois eles se reproduzem mais rapidamente com o calor. Áreas urbanas com água parada, exacerbadas pela seca, criam condições ideais para essa proliferação", explica.

Ele também aponta que a qualidade do ar piora com a poluição, agravando doenças respiratórias crônicas. Já as secas aumentam a poeira, que intensifica as condições alérgicas.

Sobre chuvas extremas, Vicente destaca que enchentes aumentam o risco de leptospirose. "A falta de água potável e saneamento básico após enchentes também pode elevar o risco de cólera, hepatite, febre tifoide e gastroenterites", acrescenta.

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