Osita Sousa da Silva, 75, teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) em outubro e precisou ficar internada no Hospital Regional do Sertão Central (HRSC). Para recuperar a força e a destreza na mão direita, a idosa utilizou um recurso inovador disponível no hospital: a gameterapia.
O fisioterapeuta da unidade de AVC do HRSC, José Antônio Almeida Neto, relata que, no início, dona Osita não queria nem tentar a gameterapia. Após a equipe explicar os benefícios do videogame e depois de algumas tentativas, José conta que ela não queria mais parar de jogar.
O videogame escolhido para Osita simula um jogo de golfe, onde a paciente precisa utilizar as duas mãos, como se fosse usar um taco, e mirar no alvo. Os sensores do videogame permitem que o corpo inteiro seja trabalhado enquanto o paciente joga.
Para cada dificuldade apresentada devido às sequelas, há um tipo de simulação recomendada e adaptada, como beach tennis, dardos ou surf. "A gente vê que eles ficam motivados a realizar essa terapia, é uma terapia boa e tem artigos que comprovam a eficácia desse trabalho", afirma José.
Os pacientes devem ter um perfil específico, conforme o fisioterapeuta. Conseguir andar e ter um déficit de força em um membro superior são alguns dos critérios para realizar a gameterapia.