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Indústria química mira ramais e novos mercados
Reportagem

Indústria química mira ramais e novos mercados

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A construção de ramais para conectar os polos industriais de Maranguape e Guaiúba é defendida pela indústria química cearense (Foto: AURÉLIO ALVES)
Foto: AURÉLIO ALVES A construção de ramais para conectar os polos industriais de Maranguape e Guaiúba é defendida pela indústria química cearense

De olho numa integração dos modais marítimo, rodoviário e ferroviário, o Sindicato das Indústrias Químicas do Estado do Ceará (Sindquímica-CE) iniciou conversas com a TLSA, segundo adiantou ao O POVO o vice-presidente da entidade, Marcos Soares.

"Nós realmente tivemos uma reunião com a gerência da diretoria da Transnordestina e mostramos para eles os polos industriais de Guaiúba e de Maranguape. Eles têm interesse, dependendo da demanda da gente, de até montar um ramal da transnordestina para esses polos", revelou.

Os polos foram modelos de condomínios industriais elaborados pelo Centro Industrial do Ceará (CIC) com apoio de prefeituras e governo do Estado para impulsionar a industrialização em cidades da Região Metropolitana.

Guaiúba, a 39 quilômetros de Fortaleza, contou com investimento de R$ 150 milhões e teve o polo inaugurado oficialmente em março de 2022. Hoje, cinco empresas têm operação plena, enquanto outras 10 estão em fase de construção. Com 55 hectares de área, o polo pode abrigar até 29 indústrias.

Em Maranguape, a 27 quilômetros, o polo foi lançado em 2023. Com 47 hectares, deve abrigar 30 indústrias e os investimentos previstos até agora são de R$ 200 milhões para a instalação de cerca de 30 indústrias. Os ramais mencionados pelo vice-presidente do Sindiquímica-CE miram agilizar o escoamento da produção ao mesmo tempo que viabiliza a chegada dos insumos.

"Mas o nosso maior interesse hoje está em Quixeramobim", diz Soares, apontando para a futura demanda da região por produtos químicos. Da mesma forma, ele aponta o Sul do Piauí e o Centro-Oeste brasileiro como possíveis novos mercados a serem explorados com mais facilidade pelos industriais do setor com a Transnordestina.

"Tem empresas aqui que trazem mais de 3 mil contêineres ano no Porto do Pecém e, com a Transnordestina, isso vai viabilizar muito o desembaraço de portos", acrescenta apontando a formação futura de portos secos na Região Metropolitana.

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