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Instituições públicas buscam equidade
Reportagem

Instituições públicas buscam equidade

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Tipo Notícia

A pró-reitora de pesquisa, pós-graduação e inovação do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Joélia Marques de Carvalho, destaca a criação do prêmio "Anas - Mulher e Ciência", pela instituição.

A ação concede reconhecimento e integração das mulheres pesquisadoras da instituição. O destaque são as duas categorias destinadas às servidoras, e a outra às estudantes, segmentadas no que o IFCE oferece: "Nós buscamos reconhecer a trajetória das nossas servidoras, que contribuíram longamente para a formação de pessoas nas áreas científicas, tecnológicas, artísticas e culturais".

Joélia ressalta que mulheres juntas produzem e precisam de um espaço de visibilidade e reconhecimento de seus projetos e trajetórias como cientistas. "Isso vai fazer com que outras meninas espelhadas nelas, se destaquem e se sintam tão pertencentes a esses espaços".

Já Universidade Estadual do Ceará (Uece), possui duas premiações voltadas à equidade de gênero na área Stem: o "Garotas Fazem Ciência" e o "Elas na Ciência".

O primeiro tem como objetivos incentivar e apoiar a inserção de mulheres na carreira de cientistas e pesquisadoras; revelar mulheres talentosas para a educação, ciência, tecnologia e inovação; impulsionar a participação da mulher pesquisadora na Uece e no Ceará e investir em discentes de graduação e pós-graduação que buscam soluções para os desafios da sociedade brasileira, em geral, e da cearense. O prêmio foi instituído em 2023.

A pró-reitora de pesquisa, pós-graduação e inovação, Ana Paula Rodrigues, explica que são premiadas alunas de iniciação científica em três categorias: "Ciências da vida; exatas; e ciências humanas e sociais". Sendo 12 garotas premiadas.

Já o "Elas na Ciência", inaugurado no último dia 11 de fevereiro, em comemoração ao Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência é voltado para mulheres que já seguem na carreira profissional.

O prêmio possui duas categorias: estímulo e trajetória, também divididas nas mesmas três áreas da ciência do prêmio anterior. "A finalidade é a mesma: mostrar à sociedade a relevância da mulher e do papel que ela exerce como cientista e pesquisadora", define Ana Paula.

A física e professora do Centro de Tecnologia (CT) da UFC, Hilma Macedo, conta que o projeto "Mulheres em C&T" foi criado em 2020 com o intuito de incentivar alunas do ensino médio a explorarem carreiras nas áreas Stem, combatendo estereótipos e barreiras que afastam as mesmas da área.

"Atualmente, apenas 30% das mulheres no ensino superior escolhem cursos nessas áreas, e essa participação é ainda menor em campos como Engenharia e Tecnologia da Informação. Para reverter esse cenário, o projeto promove atividades interativas, como oficinas, dinâmicas e visitas a laboratórios da UFC, além de palestras com cientistas e engenheiras que compartilham suas trajetórias", detalha. Atualmente, o projeto possui 21 alunas — uma bolsista e 20 voluntárias — e utiliza as redes sociais para divulgar os trabalhos de mulheres na área de Stem.

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