Crenças afro-brasileiras têm atraído jovens, que influenciam outros. Joana Oliveira, 24, por exemplo, iniciou na umbanda ainda na infância e dentro dela desenvolveu sua mediunidade. Encontrou o candomblé anos depois, onde se reconheceu. Hoje ela toca tambor nas sessões, atividade que normalmente é dada aos homens. Diz sofrer preconceitos, mas transforma críticas em força para ser inspiração.
"Foi natural demais, eu sempre me identifiquei muito com o tambor (...) O candomblé é matriarcal, mulheres trouxeram o candomblé da África para cá. Eu busco muito trazer esse resgate das mulheres pra dentro da religião. Eu influencio muitas mulheres através de vídeos", conta.
Foi a internet, aliás, que ajudou a aproximar Arthur Cruz, 19, da umbanda. Ele conta que desde os 15 anos de idade passou a sentir curiosidade sobre a religião e usou as redes sociais para entender mais. Dois anos depois ele passou a frequentar um terreiro e desde então nunca mais deixou de ir.
"[A internet] quebrou o preconceito, mas também trouxe algum fator de consequência. Algumas pessoas se baseiam muito na religião pelo que veem na internet, e nem tudo que é mostrado na internet é o que acontece aqui dentro", pondera.