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Procura por cura e acolhimento
Reportagem

Procura por cura e acolhimento

HISTÓRIAS DE VIDA
Edição Impressa
Tipo Notícia
FORTALEZA-CE, BRASIL, 16-06-2025: Crescente do número dos praticantes da umbanda e do candomblé. Na foto, Hamilton Oliveira, do Templo Mãe Cassiana, em Caucaia.  (Foto: Fernanda Barros/ O Povo) (Foto: FERNANDA BARROS)
Foto: FERNANDA BARROS FORTALEZA-CE, BRASIL, 16-06-2025: Crescente do número dos praticantes da umbanda e do candomblé. Na foto, Hamilton Oliveira, do Templo Mãe Cassiana, em Caucaia. (Foto: Fernanda Barros/ O Povo)

Pais e mães de santo são, na hierarquia da umbanda e do candomblé, autoridades espirituais máximas, também chamados de Babalorixá (pai) e Ialorixá (mãe). Religiões compartilham de elementos próximos, mas a primeira atua com entidades como exus e pombagiras enquanto a segunda foca no culto aos orixás. Ambas possuem a prática de cura, mediada pelo sobrenatural e por médiuns e sacerdotes.

Jonas Carlos, 30, procurou a Casa Pai Xangô e Caboclo Pena há cerca de três anos, em busca desse refúgio espiritual. "Eu me sentia muito inferior às outras pessoas, e foi aqui (no barracão) que encontrei a solução dos meus problemas (...) Quando eu cheguei na porta é como se eu tivesse visto seu Zé Pelintra (entidade) ali, me acolhendo", conta o funcionário público, que enfrentou o preconceito familiar por ter saído da religião evangélica para a umbanda, chegando a ouvir que iria para o "inferno" por isso.

No mesmo barracão, Vera Lucia, 46, conta que chegou há dois carregando a filha, que sofria de uma condição sem diagnóstico médico. Naquele dia, a pequena foi curada em uma sessão e ambas iniciaram na umbanda.

"Minha filha renasceu aqui, aí eu disse que a partir daquele dia meu canto é aqui (...)E aqui cada dia mais as coisas vão melhorando pra mim", conta, dizendo que encontrou seu lugar.

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