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Como age a organização criminosa
Reportagem

Como age a organização criminosa

Edição Impressa
Tipo Notícia

1 O comando do grupo é feito a partir de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, ou do Paraguai. É onde estaria escondido o casal Karine "Patroa" (também conhecida como "Pérola"," Rubi" e "Rainha do Pó") e Marcelo "Patrão" (ou "Roku"). Ambos são foragidos da Justiça brasileira, condenados em outra operação da PF contra o tráfico de drogas (Alba Vírus, de 2019, em São Paulo).

2 "Baixinho" (Amâncio) é apontado como o gerente, homem de confiança de Patroa e Patrão. Seria o coordenador das ações que viabilizaram as remessas de cocaína para a Europa pelos portos. Ia à Bolívia com frequência. Circulava pelos Estados de onde a droga partia. Amâncio Foi preso em 5/3/2024. Está recolhido no presídio da Papuda, em Brasília.

3 Haveria contatos com traficantes e criminosos internacionais do Reino Unido, Albânia, Itália e França. Há conversas interceptadas na investigação em que se mostram atentos até à safra de frutas no Ceará. Seria para viabilizar possíveis "camuflagens" para remessas do entorpecente.

4 O grupo teria operações em pelo menos nove estados brasileiros, não somente onde os portos eram acionados. Além do Ceará, atuação no Amapá, Paraíba, Rio Grande do Norte, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Pernambuco. O Piauí aparece com a apreensão de 1.100 kg, que chegariam ao Ceará para embarque à Europa.

5 No organograma da quadrilha, papéis bem definidos. Estrutura com pessoas físicas e jurídicas. Atuações compartimentadas, integrantes não necessariamente se conhecendo. Empresas abertas pelo país, principalmente de serviços portuários e comércio exterior, facilitavam acesso às zonas portuárias e a lavagem de dinheiro. Funcionários terceirizados recebiam propina por informações.

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