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As influências europeias na arquitetura brasileira
Reportagem

As influências europeias na arquitetura brasileira

O Brasil entre 1970 e 1980
Edição Impressa
Tipo Notícia

As casas de muro baixo se popularizaram no Brasil entre os anos 1970 e 1980. As obras exibiam uma mistura de conhecimentos herdados de diferentes culturas, como a Cidade Jardim britânica, e o modelo de casas suburbanas ajardinadas francês.

Segundo o arquiteto Daniel Zaranza, os moradores dessas casas eram em sua maioria membros das classes média e alta da sociedade brasileira na época. Sob a influência desses ideais do velho continente, o público buscava uma qualidade de vida melhor, mais integrada à natureza e ao convívio, ao invés dos grandes casarões que os antecederam e eram menos convidativos.

"No momento dessa expansão da área residencial de Fortaleza, que saiu do Centro para ir para o Jacarecanga, aquelas casas maiores, da elite econômica, passou a se centrar no Jacarecanga, e depois disso, pela construção de indústrias, começou a se expandir para o lado leste da Cidade, com Aldeota, Meireles e o próprio Centro", afirma o arquiteto.

Reflexos do comportamento e das camadas sociais de uma época, muitos desses imóveis são tombados pela Secretaria Municipal da Cultura de Fortaleza (Secultfor), como a Casa do Barão de Camocim, na rua General Sampaio.

O próprio palácio João Brígido, onde hoje funciona a sede da Prefeitura de Fortaleza, tem parte de seu entorno coberto por muros baixos, continuados por gradis, que permitem a visualização do interior do terreno.

O local entretanto, não foi construído nos anos de 1970, mas sim existe desde o século XIX, tendo sido propriedade de comerciantes, do Império Brasileiro e da Arquidiocese de Fortaleza, até ser comprado pela Prefeitura em 1973.

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