O fim de semana é o período de maior movimento em bares e restaurantes e, este sábado e domingo, 4 e 5 de outubro, também é o primeiro após o aumento dos casos suspeitos de intoxicação por metanol. Morais Neto, vice-presidente do Sindirest avalia que, pelo menos neste momento, não deve haver grandes impactos nas vendas, mas admite que a apreensão dos consumidores deve continuar.
"Talvez haja uma pequena migração de consumidores de destilados para bebidas fermentadas, como chope, cerveja e vinho, que ainda não apresentaram problemas graves e são mais difíceis de falsificar. Não deixem de frequentar bares, afirma.
Da mesma forma, Altino Farias, da Embaixada da Cachaça, aponta que o fluxo de clientes no estabelecimento não foi afetado nos últimos dias, mas se tornou mais cuidadoso. "O meu público, que é mais cativo, não tem sofrido nenhum transtorno maior. Há curiosidade, as pessoas perguntam, e a gente esclarece, tira dúvidas. Mas, de maneira geral, para mim, até agora, está tranquilo."
Fátima Queiroz é presidente da Associação de Barracas da Praia do Futuro, local que recebe grande fluxo de visitantes nos finais de semana. Apesar da repercussão nacional sobre os casos de intoxicação, ela aponta que as vendas nas barracas da Praia seguem estáveis. "As vendas de coquetéis, caipirinhas e caipiroskas, especialmente as que levam vodka, continuam normalmente."
Segundo ela, em 20 anos, não há registros de visitantes da Praia do Futuro que tenham apresentado sintomas semelhantes à intoxicação a partir do consumo de bebidas alcoólicas. No entanto, ela alerta para o cuidado dos clientes em relação ao comércio informal de bebidas. "Não se trata de atacar o setor informal apenas pela concorrência. O problema é que o setor informal não passa por nenhum processo de avaliação ou fiscalização."