BLOCO RALA COCO
Título - Na força dos encontros
Na terra do forró, o coco de roda também tem a sua vez e os “anfitriões” desse grande encontro da cultura popular é o quarteto que forma o Rala Coco. “O bloco começou há três anos e já surgiu com essa ideia de ser no Carnaval porque a gente notava que, na Cidade, tem uma programação muito vasta de maracatus, afoxés, baterias de samba, e a gente não via espaço para o coco. O que a gente vê são rodas acontecendo espalhadas, então a gente queria encontrar essa galera”, explicou Lucas Vidal, que canta e toca ao lado de Laís Santos, Adriano Kanu e Daniel Leão.
O Rala Coco, concebido a partir do grupo Na Quebrada do Coco, abriu os trabalhos em 2019 no último dia 9, tendo como palco o Restaurante e Espaço Cultural Ajeum de Oyá (Benfica). No repertório, composições próprias (Choro na Madrugada, Tem Coco no Ceará), de amigos parceiros e outras de mestres locais e de estados como Paraíba e Pernambuco. “A gente puxa a roda, abre com o Na Quebrada do Coco e depois puxa pra galera colocar os seus cocos, tocar, dançar... É tudo encontro, por isso eu acho que fica bacana a energia porque a gente vai pra se encontrar, pra brincar, se jogar”, destacou Lucas.
“O coco não tem muito espaço aqui no nosso circuito oficial da Cultura. E muitas vezes a gente nem quer esses espaços, a gente quer realmente fazer uma roda, num lugar com o axé lá em cima - que sempre a casa da Pérola (referindo-se ao Ajeum de Oyá) acolhe a gente - abre as portas pra nós e sempre com uma energia muito boa, pois é o terreiro do coco lá também”. No primeiro ano de saída, o Rala Coco aconteceu na dispersão dos desfiles da Avenida Domingos Olímpio. No próximo dia 23 de fevereiro, o quarteto irá soltar o som (???????) e, no dia 4 de março, na segunda-feira de Carnaval, a roda acontece na Praça da Gentilândia.
Rala Coco
Quando: dia 23 de fevereiro,
Onde: (A CONFIRMAR)
Gratuito
BLOCO “EU QUERO É ROCK”
Título – Entre riffs e tambores
Formado por Luciano Saraiva (vocal/guitarra), Juliana Barboza (vocal), Mikael Monteiro (guitarra), Roney Rocha (baixo), Fábio Motta, Júnior Marques, Rafael Motta e Marcello Santos (percussão), o “Eu quero é rock” surgiu da união de amigos e integrantes do bloco carnavalesco Unidos da Cachorra que curtiam o rock, mas também o samba, o maracatu e outras influências carnavalescas. “Nosso vocalista, que é o guitarrista/vocal da Cachorra, já cantou na The One, banda cover do U2. Inclusive fez show no Theatro José de Alencar com a Orquestra Filarmônica do Ceará (OFCE)”, destacou Júnior Marques em relação a Luciano Saraiva.
Os ensaios do bloco, que participou da última edição da Bienal Percussiva Ceará 2018 – Da Resistência à Consciência, no Centro Cultural Belchior (Praia de Iracema), tiveram início em setembro. “Começamos com o intuito de tocar no Pré e Carnaval de Fortaleza e nossa ideia foi unir o rock aos elementos percussivos do período, como o frevo também”, complementou Júnior Marques. No repertório do “Eu quero é rock”, que faz sua estreia oficial no Pré-Carnaval de Fortaleza, a releitura de artistas e bandas nacionais e internacionais como A-HA, Pato Fu, Pearl Jam, R.E.M., Rita Lee e Os Mutantes.
Do frevo à axé music, os ritmos tornam-se bastante variados na formação. “Fazemos também o pot-pourri de Roberto Carlos e Raul Seixas, com Não há dinheiro no mundo que pague e Se você pensa. Do Rappa, tocamos Minha Alma, Anjos, Vapor Barato, Rodo Cotidiano e Pescador de Ilusões”, afirmou Júnior, que já adianta que a próxima apresentação do bloco será no dia 23, dentro da programação de Pré-Carnaval no bairro Cidade 2000. “Estamos ainda buscando parceria para tocar no Carnaval. Por enquanto, estamos ensaiando pra tocar no Ciclo Carnavalesco”, concluiu.
“Eu quero é rock”
Quando: dia 23, a partir das 17 horas
Onde: Avenida Central (Praça da Cidade 2000)
Gratuito
BLOCO “XÊLO NA PINTA”
Título – Arrasta-pé e irreverência
E que tal curtir um arrasta-pé chamegado, a dois, em plena época de Pré-Carnaval? Pois essa é a proposta do “Xêlo na Pinta”, outro estreante no circuito de Fortaleza que tem à frente a banda Os Muringa: Ráu Rocha (vocal/sanfona), Hailton Santos (zabumba), Ednardo Santos (triângulo), Alyson Vidal (sax) e Rafael Stone (baixo). “Todo ano, quando chega próximo ao Carnaval, a gente tem essa ideia, mas nunca levava pra frente. Aí esse ano decidimos de última hora”, afirmou Ráu. O repertório, porém, vai além de clássicos de Alceu Valença, Elba Ramalho, Dominguinhos, Fagner, Luiz Gonzaga, Dorgival Dantas e Geraldo Azevedo.
“É um bloco de forró que toca também a música de outros gêneros, mas na levada do forró. Então tocamos marchinhas, frevo, pagode, o que dá pra gente colocar no ritmo a gente coloca. Em todas as apresentações do Xêlo na Pinta, a gente sempre vai fantasiado”, adiantou o vocalista, que usa e abusa do autêntico humor cearense nas apresentações pelos palcos da Cidade. O lançamento do bloco ocorreu na última quinta-feira, 14, no palco do Moto Libre (Praia de Iracema), e seguiu com a agenda na sexta-feira, 15, desta vez no Ritmo Urbano (Praia de Iracema).
Os Muringa, porém, já possuem dez anos. “No início, ninguém tocava nada, mas já tínhamos a ideia de fazer uma banda - já que a gente vivia nos forrós! A nossa intenção era tocar só por brincadeira mesmo, mas foram começando a aparecer festas, apresentações grandes e aí começamos a levar mais a sério”, relembra Ráu, que decifra o nome da banda. “Surgiu de uma muringa que eu tinha ganhado de presente. Aí, pra onde eu ia, levava essa muringa cheia de cachaça dentro”, relembrou. Com três CDs ao vivo, a ideia agora é lançar um álbum em estúdio até o mês de maio.
Xêlo na Pinta
Quando: dia 21, a partir das 22 horas (caipirinha liberada até 23 horas)
Onde: Moto Libre (av. Monsenhor Tabosa, 299 – Praia de Iracema)
Quanto: R$ 10
BLOCO SANDIJUNIO
Título – Para SandiLovers e afins
Quem aqui ainda não conhece o repertório da dupla Sandy & Júnior? Agora imaginem todos esses hits transportados para ritmos como o samba, carimbó, axé music, ijexá, samba-reggae, pagode baiano e até frevo! Pois é com essa mistura eclética que o bloco cearense SandiJunio diverte os foliões dentro do circuito de Pré e Carnaval em Fortaleza. “Os integrantes já se conheciam de outros grupos, a grande maioria é do Curso de Música da UFC ou ligados à universidade de alguma forma. Começamos através da nossa amizade mesmo, mas sempre tivemos a vontade de ter um bloco de Carnaval”, revela o baterista Artur Guidugli.
A decisão de colocar um bloco nas ruas, de fato, só ganhou corpo com a extinção do Sanatório Geral. “Em 2017, quando eles anunciaram que não ia mais ter Sanatório, a gente ficou muito mal porque era muito fã do bloco e do Carnaval de Fortaleza, especialmente. Então a gente pensou: a regra é, pra cada bloco que acabar, a gente cria dois! Vamos começar, então, com um (risos)... Aí, após várias ideias em relação ao repertório, o Berg disse: por que a gente não faz de Sandy&Júnior? Logo na hora eu cantei pra ele uma versão de Maria Chiquinha em maracatu, aí ele olhou e disse: dá certo!”, explicou Artur.
Atualmente, para além dos sucessos da dupla, outras bandas e artistas que de alguma forma dialogaram com esse cenário pop dos anos 1990 também encontram-se nos shows do bloco SandiJunio, a exemplo de Wanessa Camargo, Kelly Key e o grupo Rouge. Com a agenda cheia no Pré e Carnaval de Fortaleza, o bloco será uma das atrações logo mais, 16, na Biruta (Bloco do Silva); amanhã, na Praça da Gentilândia; e de 22 a 24 de fevereiro, no Pré-Carnaval de Teresina (PI). “É a primeira vez que a gente sai de Fortaleza pra tocar e estamos muito felizes porque é sinal de que os trabalhos que acontecem aqui também têm visibilidade nos outros estados”, concluiu.
SandiJunio
Quando: hoje, 16, às 22h, na Biruta (Praia do Futuro); amanhã, 17, às 17h30min, na Pracinha da Gentilândia (Benfica)
Quanto: sábado – R$ 130 (inteira) e R$ 65 (meia) / domingo – gratuito
BLOCO HOSPÍCIO CULTURAL
Título – Loucos por Carnaval
“Loucos por Carnaval”. É com esta identificação que o Hospício Cultural sai às ruas do tradicional bairro do Benfica para carnavalizar com os foliões. Do encontro informal de amigos a uma formação atual em coletivo, o bloco foi formatado em 2015 e, somente em 2017, se concretizou. “No primeiro evento, no dia 9 de fevereiro de 2015, o Daniel Arruda tinha sugerido colocar Bloco dos Loucos. Aí no dia 13, eu batizei de Hospício Cultural durante um evento chamado CarnaLuana, em alusão a uma das idealizadoras”, explicou Marta Pinheiro.
Durante o mês de janeiro, o Hospício Cultural – mais um dos tantos órfãos do bloco Sanatório Geral – lotou a rua Paulino Nogueira (em frente ao Gentilândia Bar), sob o comando dos artistas Gildomar Marinho e Charles Wellington, acompanhados da banda que leva o nome da própria agremiação. “Um é maranhense e o outro pernambucano, mas desconfio que são mais cearenses do que qualquer um de nós (risos). Escolheram Fortaleza para distribuir sorrisos e emanar as melhores energias musicais. São eles que fazem o nosso Carnaval ficar bonito, trazendo no repertório os clássicos do Carnaval de outrora, sem esquecer que um traz o boi no sangue e o outro o frevo no pé!”, complementou Marta.
Agora, aos domingos de fevereiro, o bloco transferiu-se para a Praça João Gentil, colocando os presentes a dançar contando sempre com a participação de convidados. A concentração acontece sempre às 14 horas e, a partir das 14h20min, a programação deste domingo, 17, irá reunir o Coletivo Paulo Freire, Banda Forria, Grupo Brinquedo de Rua, Bloco SandiJunio, Banda Quilograma Sound System, Pedro Falcão, Eugênio Leandro e Clarice Tummer.
Hospício Cultural
Quando: aos domingos de fevereiro, das 14h às 20h30min
Onde: Praça João Gentil/ Gentilândia (av. 13 de Maio, s/n - Benfica)
Gratuito