O ator Jeffrey Wright, conhecido por seu papel na série Westworld, da HBO, vive um homem numa jornada íntima por sua liberdade no novo telefilme do mesmo canal, O.G., que estreia neste sábado, 2 de março, às 22 horas.
No filme, Wright interpreta o personagem Louis Menkins, o ex-chefe de uma grande gangue, que está prestes a ser libertado, depois de cumprir uma sentença de 24 anos. Mas ele decide, no entanto, proteger Tracy Beecher (Theothus Carter), um jovem recém-condenado à prisão, a quem ele aconselha a ficar longe das gangues. Vai ser difícil para Beecher, porém, seguir a recomendação.
O.G. tem direção de Madeleine Sackler e é uma produção da HBO Films e da Maven Pictures. O roteiro foi escrito por Stephen Belber.
O longa foi filmado inteiramente dentro de uma prisão de segurança máxima ativa, o Centro Penitenciário de Indiana Pendleton. Detentos de verdade e funcionários do presídio chegaram a participar das gravações do filme.
Paralelamente a gravação de O.G., a diretora Madeleine Sackler resolveu produzir também um documentário no local. O segundo filme mostra não apenas o trabalho dos presidiários em seu longa de ficção, como também explica como eles estudaram o cinema como uma forma de explorar as memórias.
Intitulado It's a Hard Truth Ain't It, o documentário também vai estrear na HBO, poucos dias depois da estreia de O.G. no canal. A exibição será na segunda-feira, 4, às 22 horas.
"Este foi o set de filmagens mais conflituoso em que já estive", revela Jeffrey Wright num vídeo de bastidores de O.G.. "Não houve um só dia em que eu não estive contemplativo, que eu poderia sair por aquela porta".
No mesmo vídeo, o ator fala sobre a sua relação com os presidiários da vida real que participaram do filme. "A ideia era gravar o filme usando os presidiários em alguns papéis, então foi inteiramente necessário para mim passar um tempo com esses homens, dentro da instituição, para preparar a minha cabeça para quem é o meu personagem", revela o ator. "O macacão de presidiário tem um poder transformador".
Wright também elogia a atuação dos presidiários no filme. "Esses homens trouxeram uma emoção bruta", acredita. "As pessoas me dizem, 'você trabalhou com Al Pacino, você trabalhou com Anthony Hopkins, é bem intenso, né?'. Sim, mas isso aqui é intenso em um nível diferente de intensidade".