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Série Dirty John funciona como um manual contra relacionamentos abusivos
Vida & Arte

Série Dirty John funciona como um manual contra relacionamentos abusivos

| 1ª temporada | Dirty John, série lançada na Netflix em março, conta a história real de Debra Newell, uma designer de interiores que se envolveu com um psicopata através de um site de relacionamentos
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Em Dirty John, Connie Britton vive um relacionamento abusivo com um médico vivido por Eric Bana. O elenco conta ainda com Jean Smart, Terra Newell e outros
 (Foto: Fotos divulgação)
Foto: Fotos divulgação Em Dirty John, Connie Britton vive um relacionamento abusivo com um médico vivido por Eric Bana. O elenco conta ainda com Jean Smart, Terra Newell e outros

Procurar um novo amor em sites de relacionamentos, ter interesse pela pessoa após o primeiro encontro e, depois, perceber que ela não era aquilo que aparentava ser. Você certamente já deve ter escutado uma história dessas - ou, até, ter passado por essa situação. Na pele da americana Debra Newell, o roteiro foi quase assim, só que rendeu perdas e emoções maiores.

Dirty John, série lançada em março, conta uma história real - com algumas cenas dramatizadas. Mas, no geral, a trama buscou seguir o caminho da história verdadeira, que foi vendida para o jornal Los Angeles Times e, logo depois, para a Netflix.

O caso aconteceu em 2014, na Califórnia. Debra (Connie Britton), uma designer de interiores da classe alta, com cerca de 40 anos e frustrada com uma série de relacionamentos sem sucesso, decidiu procurar por um parceiro no site Match.com. Em meio a vários encontros negativos, ela conheceu John Meehan (Eric Bana), um suposto anestesista que, de início, mais parecia uma galã de novela - como ela mesma gostava de falar.

A desaprovação das filhas de Debra, Terra e Veronica (Julia Garner e Juno Temple, respectivamente), pelo relacionamento foi de primeira. Elas, assim como outros membros da família, alegavam que John era interessado pela fortuna da designer. Na contramão, Debra acreditava que o atual namorado não seria capaz de cometer qualquer tipo de traição, já que ele a tratava bem e era atencioso. Mas, com a passar dos meses, a relação foi perdendo as forças e John mostrando sua verdadeira intenção. A série conta ainda com Jean Smart, como a mãe de Debra Arlane Hart; Sprague Grayden como Tonia, a primeira esposa de John; além de Jeff Perry, Keiko Agena e Judy Reyes.

A série, dirigida por Alexandra Cunningham, prioriza destacar a mudança de comportamento de John a cada episódio. Os extremos da personalidade dele, principalmente em relação à bipolaridade, acontecem de forma sutil. Algumas cenas que resgatam o passado são intercaladas na história, como forma de mostrar o tipo de criação que John teve na infância e detalhes de seus outros relacionamentos.

O principal enigma é saber se a verdadeira intenção dele era roubar a fortuna da família Newell ou aterrorizar de forma moral a vida de Debra. O personagem é traduzido cena por cena. A cada atitude, a trama volta ao passado como forma de explicar como sua mente pensa.

Por ter poucos episódios (um total de oito), Dirty John é uma série fácil de maratonar. Logo no primeiro capítulo, a história entrega curiosidades que prendem a atenção. Os detalhes foram bem divididos entre os episódios e é possível conhecer um pouco a história de cada personagem no decorrer da trama.

Dirty John abraça de forma muito explicativa temas como o assédio sexual e moral e a violência contra a mulher. Em várias cenas, inclusive, os advogados envolvidos na trama explicam sobre as leis, as melhores medidas a serem tomadas, no caso, entre outras referências. É como se, além de contar uma história, a série também passasse uma mensagem de apoio para a causa feminista. Um guia rápido de como perceber um psicopata.

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