Logo O POVO+
Sons entre céu e mar
Vida & Arte

Sons entre céu e mar

Com repertório que mistura o cancioneiro popular, a psicodelia e a música instrumental, o trio Tripulantes da Sabiabarca apresenta show no Dragão do Mar
Edição Impressa
Tipo Notícia Por


Pelas correntes que levam as ondas e os ventos que movem as dunas, na Sabiaguaba há ainda um fluxo de ideias e criação. Lá, o coletivo Tripulantes da Sabiabarca nasceu e escolheu navegar em uma mistura de sons. No começo, o grupo era formado por 8 pessoas e foi organizado para apresentar um show que iria circular na Bienal de Dança do Ceará, em 2014.

 

De lá para cá, alguns componentes saltaram do barco e foram fazer “seu som separado”, conta Ilya Borges, cantora que está à frente dos vocais do grupo desde a criação. “Fizemos shows na Taíba e no Paracuru, mas depois dessa primeira turnê, cada um foi pro seu lado, e nós fomos seguindo com o projeto”.

 

Hoje, além dela, Carlos Hardy e Diego Ramires, formam a banda. A mistura de experiências dos Tripulantes dá o tom das composições do grupo. Ilya, que é performer, atua desde 2011 na cena independente entre música, teatro e artes visuais. Hardy e Diego são músicos e compositores que trabalham ainda nos arranjos das canções. “Somos Hardy no piano, Diego na bateria, e eu na performance, fazendo a cena”, diz Ilya.

 

O nome do grupo já dá uma ideia do que os influencia. “O Hardy morava no Sítio Sabiá, onde fica a Casa Um, que é onde nós ensaiamos. Um dia eu estava cantarolando aquela música do Morais Moreira, ‘eu ia lhe chamar enquanto corria a barca…’, e surgiu esse trocadilho. Sabiá, sábio, barca, e surgiu a Sabiabarca”, conta Ilya.

 

Na Casa Um, local de encontro e experimentação, os componentes do grupo compõem em meio a influência da música popular brasileira. Clube da Esquina, Novos Baianos, Pixinguinha e Chico Buarque são alguns nomes que têm um pouco da obra presente no repertório da banda.

 

Os Tripulantes misturam ritmos afro brasileiros com psicodelia e performance para a construção de seus espetáculos. “O Hardy é nosso diretor musical e para desenvolver os arranjos tem esse lance do tambor, a influência da música popular e da instrumental também”, comenta a cantora.

 

Em 2016, eles lançaram seu primeiro EP, Céu e Mar. Com três faixas - Céu e Mar, Tripulantes da Alma e Florestas Urbanas -, o trabalho foi lançado no Ressonar, festival que acontece na Bahia. “Esse trabalho nasceu quando a banda ainda tinha cinco integrantes e estava fazendo material para conseguir entrar em alguns editais”, explica Ilya.

 

O espetáculo que leva o nome do EP e será apresentado amanhã no Anfiteatro do Dragão do Mar já circula há cerca de um ano e fala de encontros com o mar, consigo, com o outro, com a noite.

 

Entre as composições que será apresentadas, parcerias com artistas cearenses como Samara Garcia, Dalton Moura e José Rodrigues.

 

“Além de músicas nossas, também apresentamos três releituras. Uma será de uma música da Rosângela Macedo, uma de Lua Cheia, do Chico Buarque, e outra que é Lamento, do Pixinguinha. Ao todo serão 10 músicas no show”, completa.

 

SERVIÇO

 

Céu e Mar - Tripulantes da Sabiabarca
Quando:
amanhã, 13, às 20 horas
Onde: Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura (rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema).
Gratuito.
Outras informações: (85) 3488 8600

 

O que você achou desse conteúdo?