O talento inegável e a vontade de inovar de Walt Disney moveram os estúdios da produtora para fazer uma animação que parecia impossível.
Branca de Neve e os Sete Anões foi o primeiro longa-metragem animado e colorido dos Estados Unidos. Para driblar as dificuldades tecnológicas da época, o grupo de Disney criou até uma câmera multiplano que aumentava a tridimensionalidade das imagens. Depois de 80 anos, mudanças em personagens e a chegada de modernos softwares, os feitos de Walt Disney com essa animação continuam sendo exemplares.
A produtora e roteirista Mariana Medina destaca entre as técnicas utilizadas a rotoscopia. Com ela, a cena é filmada com atores e depois é passada para o desenho. Cada quadro é traçado e colorido, para depois ser filmado novamente em forma de ilustração. Além de estudar o movimento humano, o estúdio usou modelos vivos de animais para os diversos mascotes que aparecem no longa. O orçamento do filme quase quadruplicou durante as filmagens, que levaram quatro anos para serem feitas. O gasto final foi de mais de US$1,5 milhão, algo muito alto para a época.
Para Mariana, que trabalha na Tusche Produções, os impasses que Walt Disney sofreu com seu trabalho são parte da trajetória que muita gente enfrenta quando vai abrir o próprio estúdio. Entretanto, as tecnologias atuais ajudam muito a conclusão dos trabalhos. “Muitos não acreditavam que ele ia conseguir, mas ele persistiu”, relembra.