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Lembre filmes que retratam cenas de escassez e devastação
Vida & Arte

Lembre filmes que retratam cenas de escassez e devastação

| APOCALIPSE | Entre a aventura e a ficção científica, muitas vezes o cinema retratou cenários de escassez e devastação. Com o Brasil passando por uma crise, esses filmes servem de mote para o bom humor
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Podemos afirmar que, após dez dias de paralisação dos caminhoneiros, o maior impacto comentado entre os cidadãos foi a falta de gasolina. Com isso, os brasileiros aproveitaram a cena e criaram aquilo que amam fazer em momentos de complicações: memes. Devo informar, por outro lado, que essas imagens cômicas são assustadoramente reais. Há frases, inclusive, que comparam o presidente Temer e o Immortan Joe, vilão de Estrada da Fúria, quarto filme da franquia Mad Max, que são divertidíssimas, apesar de tensas.


A franquia protagonizada por Mel Gibson e dirigida pelo australiano George Miller, e é a mais usada para gerar humor. Muitos já compararam as frases ditas pelos personagens da franquia de Miller com as dos governantes e caminhoneiros brasileiros. Tudo isso no intuito de brincar.


Apesar disso, o momento também é marcado por análises. Max Rockatansky, antes de ser conhecido por um personagem louco, como o título aponta, era um policial e homem “de bem”. Logo após o assassinato de sua família, o personagem entra em uma caçada descontrolada por vingança, em uma terra onde não há leis, segurança. E esse é apenas o primeiro filme. O segundo, de 1982, é uma ode ao caos. O que precisamos saber: não há mais gasolina e as pessoas roubam umas das outras. Se matam por alguns litros. “Parece Mad Max. A galera tá tentando sobreviver”, disse o fotografo Fábio Piva, que teve a gasolina de seu carro furtada em Santana, na zona de São Paulo no último domingo, 27. Seria cômico se não fosse verdade.

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As continuações, lançadas em 1985 e em 2015, com Tom Hardy no papel de Max no último filme, também abordam o mesmo tema: o fim dos recursos humanos, como energia, gasolina e água, fim da sanidade e da democracia que permite liberdade aos demais.


Os vilões dos filmes são as gangues formadas por ditadores. Os mais conhecidos são Humungus, do segundo, e Immortan Joe, do quarto. Os seus motivos: aniquilar todos os opositores e controlar os recursos necessários para a humanidade. Cabe ao Max, o herói solitário, salvar os grupos escravizados por esses tiranos.


A franquia, além desses temas, também teve várias características marcantes, como os figurinos e detalhes do ambiente, que simulam a loucura que Miller quis mostrar. Ele filmou os longas no deserto de seu país natal, a Austrália. Lá, os astros dirigiam carros tunados, com design futurísticos e armamento de guerra pesado. Além disso, todo o ambiente é destruído, com pichações de guerra e personagens marcados por ferrete de gado, algo que serve para diferenciar os grupos escravizados pelos inúmeros déspotas do mundo.


“A tendência é caótica”, disse Ernesto Teixeira, atual presidente da Ceasa, que aponta problemas reais que estão por vir, tornando curioso como a vida imita a arte e vice-versa. Para se preparar para o apocalipse, confira Mad Max. É uma boa pedida.

 

Outros apocalípses


WALL-E (2008)

A animação funciona como uma crítica às guerras nucleares e ao acúmulo de lixo no mundo. Uma obra incrível, doce e necessária.

 

PLANETA DOS MACACOS: O CONFRONTO (2014)

Uma guerra por energia se instala na Terra dominada por símios.

 

MAD MAX: ESTRADA DA FÚRIA (2015)

A quarta parte da franquia mostra uma disputa por gasolina e por mulheres, tratadas como escravas.


O LIVRO DE ELI (2010)

A obra pós-apocalíptica mostra um universo parecido com Mad Max. A missão do herói: proteger um livro sagrado.

 

NA ESTRADA (2010)

O filme mostra pai e filho em busca de sobrevivência, em uma terra onde matam por gasolina e água.


A CAÇADA (2014)

Uma crise econômica fez com que o mundo inteiro ficasse louco. A Caçada mostra as consequências desses atos.
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