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A origem do PCC e sua ascensão
Vida & Arte

A origem do PCC e sua ascensão

Edição Impressa
Tipo Notícia

Professor de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos (UFScar), Gabriel Feltran lança em agosto Irmãos - a ascensão do PCC (Cia das Letras). A obra percorre a trajetória de crescimento do Primeiro Comando da Capital no comércio de drogas no País e a substituição das bases amadoras desse negócio pelas profissionais.

 

Feltran se concentra em dois eixos: os códigos internos da facção paulista, cujo DNA ele classifica como uma "maçonaria do crime" pelo que tem de secreto - mesmo descentralizada, a maior instancia de decisão do grupo permanece em São Paulo. E as ramificações da organização e a guerra que vem travando para se impor num cenário de sangrenta queda de braço com os rivais.

 

Dividido em duas partes, o livro se debruça ainda sobre a política de expansão do PCC, dedicando atenção à "máquina crime-segurança" e aos justiçamentos do "partido" como forma de auferir respeitabilidade e garantir coesão no sistema carcerário.

 

Da morte do "Rei da Fronteira" Jorge Rafaat em junho de 2016 - episódio atribuído aos interesses do PCC no comércio de drogas com o Paraguai - até a onda de rebeliões nos presídios brasileiros da qual resultou uma centena de mortes no ano seguinte, o pesquisador traça um panorama detalhado da crise de segurança no Brasil.

 

No centro dela, estão o plano da facção paulista e a batalha contra os membros do Comando Vermelho (CV) em estados como o Ceará - aqui, os paulistas se aliaram à Guardiões do Estado (GDE), jovem grupo criminoso cujas ações, sempre muito violentas, se estabeleceriam como marca.

 

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