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Porque se chamava... Milton!
Vida & Arte

Porque se chamava... Milton!

| TRIBUTO | Carioca radicada há 20 anos nos Estados Unidos, Clarice Assad apresenta, de hoje a domingo, "Os Sonhos Não Envelhecem - Tributo a Milton Nascimento" na Caixa Cultural
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Nascida em uma família musical, com pai (Sérgio, do Duo Assad) e tia (Badi Assad) atuantes na área, a carioca Clarice Assad tem na trajetória de Milton Nascimento um afeto que remete à época da infância. "Quando era pequena, ele estava no auge da carreira, então minha mãe ia na loja e comprava todos os discos e meu pai, apesar de ter também a coisa da música, era mais ligado com o erudito... Então eu digo que a culpa vem da minha mãe mesmo (risos)", confirma ela, que escolheu os Estados Unidos para morada há 20 anos e, além de cantora, é também pianista, compositora e arranjadora.

 

Da admiração, um show ao lado do violonista André Muato, em 2016, trouxe à tona - ainda que de maneira inusitada - a formatação de um projeto maior. "Há muitos anos venho fazendo apresentações nos Estados Unidos. Em um dos shows, coloquei duas canções do Milton no repertório porque caía dentro do que estava acontecendo: foram Maria, Maria e Ponta de Areia, que fez um sucesso grande nos anos 1970, e a reação foi super positiva! E não só lá, mas em todo lugar onde fui, até no Oriente Médio", revelou a cantora, à frente de Os Sonhos não Envelhecem - Tributo a Milton Nascimento.

 

Acompanhada agora dos músicos Bruno Repsold (contrabaixo), Felipe Cotta (bateria) e Micael Chaves (violão), Clarice Assad chega a Fortaleza para curta temporada, de hoje a domingo, na Caixa Cultural (Praia de Iracema). No repertório, ela - também ao piano - irá apresentar um apanhado das canções de Milton Nascimento seguindo um caminho diferente do cronológico e tendo como destaque os arranjos diferenciados que flertam com suas próprias influências, que perpassam ainda pelas nuances do jazz. Uma de suas marcas registradas também reside no scat singing (técnica de canto equivalente a um solo instrumental apenas com a voz).

 

"Queria partir do princípio da essência dele, e não das mais conhecidas. O show reúne 11 músicas, mas na verdade a última é um medley, exatamente para mostrar essa variedade de sons do Milton. Optei pelas releituras porque a música dele é muito versátil e, por isso, é abraçada por todo mundo. Têm arranjos com partituras que estão mais ou menos para o jazz", adianta. Após os shows, Clarice Assad e músicos farão um bate-papo com o público sobre Os Sonhos não Envelhecem e, amanhã, das 14h às 16 horas, haverá masterclass voltada para os integrantes do projeto Acordes Mágicos, porém com 20 vagas abertas ao público em geral.

 

Daqui, Clarice seguirá para a Dinamarca onde gravará um CD com as canções do projeto, cujo título foi extraído do clássico Clube da Esquina 2 (Milton Nascimento, Lô Borges e Márcio Borges). "A gente está querendo, no meio dessa lama, trazer um pouco de água fresca", espera.

 

Os Sonhos não Envelhecem - Tributo a Milton Nascimento, com Clarice Assad 

Quando: de hoje a sábado, às 20h; e domingo, às 19h

Onde: Caixa Cultural Fortaleza (av. Pessoa Anta, 287 - Praia de Iracema)

Quanto: R$ 30 (inteira). À venda no local, das 10h às 20h

Informações: (85) 3453 2770

 

 

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