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Uma história extra-oficial
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Uma história extra-oficial

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Rua Norvinda Pires, Vila Pita, ruazinha, rua do Fafi. São muitas as denominações dadas à mesma via, que percorre o espaço de poucos metros, mas é tão querida. O nome Norvinda Pires, contudo, é circundado pela mesma informalidade que 50% das ruas de Fortaleza. Segundo o advogado, pesquisador e atual responsável pelo projeto Dicionário de Ruas de Fortaleza, Manoel Falcão, a história da rua é bastante remota, pois não há registros oficiais sobre o nome que batiza o espaço.

 

"Não consta na Câmara Municipal de Fortaleza nenhum registro sobre as denominações das ruas Norvinda Pires e Sabino Pires (via paralela à Norvinda, que tem as mesmas características)", traça. Marina Mapurunga, arrisca.

"Aqui em Fortaleza, há feudos urbanísticos", explica. "Ou seja, existem grandes proprietários que marcam território de um espaço. Aquelas casas da duas ruas eram, originalmente, de um mesmo dono. O Sabino Pires, me parece, ele foi um dos pioneiros da Igreja Batista em Fortaleza. E era casado com a Norvinda", narra o pesquisador.

 

Manoel conta que são vários os fatores que fazem com que a informalidade nos nomes das vias de Fortaleza chegue aos 50%. "A Cidade cresceu muito rápido, foi loteada muito ligeiro. Além disto, não temos uma cultura de controle territorial rígido, é totalmente falho", explica. O pesquisador acredita ainda que a nomenclatura de rua é uma maneira de marcar o imaginário coletivo.

 

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