Desde 2014, no aniversário de 15 anos do Dragão do Mar, as comemorações foram marcadas pela realização da Maloca Dragão, festival que reunia diferentes linguagens como música, teatro, cinema e artes visuais. Na celebração das duas décadas, a expectativa se intensificou, mas não houve sinal do evento até o começo de abril, quando, em resposta à indefinição, o adiamento da Maloca para o segundo semestre do ano foi confirmado por conta do início das reformas, que ocorrem em maio.
"Isso era prioridade para o primeiro semestre", justifica Paulo Linhares, presidente do Instituto Dragão do Mar. "Acho que é o momento de fazer um pensamento mais aprofundado sobre a Maloca. Ela é um sucesso grande e é o momento de transformá-la ainda mais em um festival multilinguagem. Acabou sendo um evento centrado em música e isso me incomoda um pouco", reconhece o gestor. "A Maloca deve ser pensada como um balanço anual da ação cultural do Dragão e da efervescência cultural do Ceará. Quero repensá-la, como fortalecer e dar peso para as outras linguagens. Para isso, há ações de planejamento e negociações. Como ia ser feita a reforma, achamos por bem fazer uma Maloca mais pensada no segundo semestre", aprofunda.
Citando quatro projetos atualmente basilares para o IDM - o projeto Superação, um centro de avaliação e pesquisas, a reforma administrativa do instituto e um "novo pensamento na ação cultural centrada na ideia de multilinguagens" -, Paulo afirma que eles culminam "na nova Maloca" e, conforme adianta, "em um projeto específico de teatro, um festival chamado Cais". "Estamos indo bem em cinema, há a força da música, mas sempre achei que a gente precisava ter as artes cênicas fortalecidas. Estamos pensando em como viabilizar, discutindo com o Sesc-SP e o Itaú Cultura, esse novo festival", conclui. (João Gabriel Tréz)