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Roqueiro Serguei morre aos 85 anos
Vida & Arte

Roqueiro Serguei morre aos 85 anos

| MEMÓRIA | Personalidade do rock, Serguei faleceu após quase um mês internado. Roqueiro foi Páginas Azuis do O POVO em 2011
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Roqueiro Serguei foi entrevistado nas Páginas Azuis em 2011. O cantor morreu ontem e será enterrado em Saquarema
 (Foto: Sara Maia, em junho de 2011 / O POVO)
Foto: Sara Maia, em junho de 2011 / O POVO Roqueiro Serguei foi entrevistado nas Páginas Azuis em 2011. O cantor morreu ontem e será enterrado em Saquarema

Ícone do rock brasileiro, o roqueiro Serguei morreu na manhã de ontem, 7, aos 85 anos. Ele estava internado em Volta Redonda (RJ) com pneumonia, desidratação e infecção urinária já há quase um mês e apresentava um quadro de debilidade.

Sérgio Augusto Bustamante, nascido na cidade do Rio de Janeiro, ganhou o apelido pelo qual ficou conhecido de um amigo russo que não conseguia pronunciar seu nome. A carreira musical de Serguei começou em 1966, quando lançou o primeiro compacto. O cantor se apresentou em quatro edições do Rock in Rio, nos anos de 1991, 2001, 2011 e 2013. Desde a década de 1970, vivia em Saquarema, onde será enterrado. Era lá que ele mantinha o chamado Templo do Rock, mistura de casa e museu.

Em 2011, o roqueiro foi entrevistado nas Páginas Azuis do O POVO, onde falou com franqueza sobre sexo, lembrou de encontros com lendas do rock como Janis Joplin, contou que não usava drogas e respondeu, bem humorado, quem foi o maior roqueiro da história: "Eu". "Eu gosto muito das letras de Raul Seixas, de Renato Russo, de Cazuza, meu baby. (...) Eu adoro o Mick Jagger e acho que a melhor banda de rock do mundo é Rolling Stones. Agora Beatles é a maior obra literária-musical de todos os tempos", opinou. Sobre a idade, se mostrou despreocupado. "Eu me movimento o dia todo, cuido dos meus dez cachorros, subo e desço escada, nado na piscina. (...) Esse ano faço 78 anos. Tô ficando meio cavernoso, meio Keith Richards, bem Stones", afirmou.

Nas redes sociais, Serguei foi homenageado por cantores como Edy Star, que o classificou como "o amigo roqueiro que encantava o público", e Tico Santa Cruz, que lembrou dele como uma "figura carismática, querida e histórica para a música brasileira e o rock nacional". A jornalista Ana Maria Bahiana sagrou Serguei como "um elfo do reino do rock 'n roll" e uma "lenda". (João Gabriel Tréz)

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